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Autoridades do Quénia negligentes na morte de seguidores de seita

A Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia (KNCHR, na sigla em inglês) afirmou hoje que foram ignorados pelas autoridades "relatórios credíveis" que poderiam ter evitado a morte de mais de 400 seguidores de uma seita evangélica.

Autoridades do Quénia negligentes na morte de seguidores de seita
Notícias ao Minuto

13:09 - 22/03/24 por Lusa

Mundo Comissão

Um total de 429 corpos foram encontrados desde o ano passado na floresta de Shakahola, perto da cidade de Malindi, onde o pastor Paul Nthenge Mackenzie defendia o jejum até à morte para "encontrar Jesus" antes do fim do mundo, que previa para agosto de 2023.

Os primeiros corpos deverão ser devolvidos às famílias em 26 de março.

O KNCHR, um organismo oficial, mas independente, acusou as forças de segurança de Malindi de "grave incumprimento do dever e negligência".

"Não só não foram pró-ativos na recolha de informações e não agiram com base nas informações para evitar o massacre de Shakahola, como também não agiram, injustificadamente, com base em relatórios credíveis", afirmou a presidente da KNCHR, Roseline Odede, numa conferência de imprensa em Nairobi.

Estas falhas "deixaram os seguidores de Mackenzie sob o seu controlo total e da sua milícia", salientou o KNHRC.

Uma antiga seguidora de Paul Nthenge Mackenzie tentou "desesperadamente" fazer soar o alarme, mas as suas declarações foram ignoradas, segundo o KNHRC.

"Em vez de investigar a veracidade das questões levantadas, a senhora foi intimidada depois de ter sido acusada de fazer acusações sem fundamento", disse Roseline Odede.

O KNCHR "lamenta que não tenham sido tomadas quaisquer sanções conhecidas contra os agentes que não cumpriram o dever de proteger centenas de pessoas, incluindo crianças desaparecidas, mortas ou profundamente traumatizadas".

Paul Nthenge Mackenzie, que se encontra detido desde 14 de abril de 2023, está a ser processado por terrorismo, tortura e crueldade contra crianças.

As autópsias revelaram que a maioria das vítimas morreu de fome, mas algumas, incluindo crianças, foram estranguladas e espancadas.

Leia Também: Onze estudantes mortos e 42 feridos em acidente rodoviário no Quénia

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