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Presidente polaco rejeita tomar "decisão precipitada" sobre embaixadores

O Presidente polaco, Andrzej Duda, recusou hoje tomar uma "decisão precipitada" em relação à substituição de mais de cinquenta embaixadores proposta na semana passada pelo Governo, num novo episódio da tensão institucional em Varsóvia.

Presidente polaco rejeita tomar "decisão precipitada" sobre embaixadores
Notícias ao Minuto

16:31 - 20/03/24 por Lusa

Mundo Polónia

"Não recebi formalmente nenhum pedido de retirada de um grande número de embaixadores (...) Mas posso anunciar antecipadamente que não tomarei nenhuma decisão precipitada", disse Duda, citado pela agência polaca PAP, durante uma conferência de imprensa com a sua homóloga eslovena, Natasa Pirc Musar, em Liubliana.

O chefe de Estado polaco referiu que, de acordo com a Convenção de Viena, que regula as relações diplomáticas, cabe ao Presidente nomear embaixadores, embora tenha reconhecido que se trata de um processo que se realiza "em consulta" com o primeiro-ministro e com o titular dos Negócios Estrangeiros.

O Governo da Polónia anunciou na semana passada a intenção de substituir mais de cinquenta embaixadores e que retirará uma dezena de representantes diplomáticos nomeados pelo anterior executivo.

Na ocasião, o executivo apelou ao Presidente Duda para facilitar esse processo, que em última instância depende dele.

O primeiro-ministro, Donald Tusk, já tinha indicado que, caso o Presidente não consentisse com as mudanças, o Governo convocaria os embaixadores afetados pela medida e os diplomatas atuariam como encarregados de negócios.

"Temos de melhorar e construir uma equipa jurídica para que o Estado polaco possa gerir os seus assuntos", observou.

As relações tensas entre Tusk e Duda podem pôr em causa uma remodelação que o Governo nega ser uma retaliação, embora o ministro dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski, tenha censurado que alguns embaixadores nomeados pelo anterior executivo representassem mais o partido Lei e Justiça (PiS), agora na oposição, do que o seu país.

Este é um novo episódio da tensão entre o Presidente e o Governo desde as eleições legislativas realizadas em outubro, que deram a vitória ao PiS, mas a maioria parlamentar a uma coligação pós-eleitoral liderada por Donald Tusk.

Apesar da renitência de Andrzej Duda, o novo executivo foi empossado, interrompendo oito anos de poder dos conservadores populistas do PiS, acusados de apropriação do aparelho estatal e de desvios ao Estado de direito democrático.

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