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"Corrida contra o tempo" para dar medicamento mais caro do mundo a menino

Uma família brasileira já entrou com um processo na justiça, para que o ministério da Saúde brasileiro comparticipe o medicamento Zolgensma que deve ser administrado até aos dois anos de idade.

"Corrida contra o tempo" para dar medicamento mais caro do mundo a menino
Notícias ao Minuto

16:50 - 18/03/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

Uma família brasileira está numa luta contra o tempo para angariar dinheiro suficiente para comprar o medicamento mais caro do mundo, depois de Arthur Gomes, de 1 ano e oito meses, ter sido diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo II.

Os pais do menino já entraram com um processo na justiça, para que o ministério da Saúde brasileiro comparticipe o medicamento, que deve ser administrado até aos dois anos de idade para garantir uma melhor qualidade de vida às crianças.

Segundo o G1, a família já conseguiu angariar 50 mil reais (cerca de 9 mil euros) e espera angariar nos próximos quatro meses 9 milhões de reais (1,6 milhões de euros). Este valor, para além de servir para comprar o medicamento mais caro do mundo - Zolgensma - vai ser também usado para as despesas relacionadas com viagens, internamentos e administração do medicamento. 

Os pais do menino, Eduarda e Wellington Lucas, decidiram pedir donativos para o filho já que não sabem quando vão ter uma resposta do ministério da Saúde. Desta forma, o casal está a tentar que o menor tome o medicamento dentro do prazo recomendado.

"Não sabemos quanto tempo vai levar, mesmo pedindo com urgência. Estamos numa corrida contra o tempo. Ele precisa de tomar [o Zolgensma] até dois anos e dia 19 de julho já completa [a idade]", afirmou a mãe do menino.

Eduarda salientou ainda que a família tem sido o seu apoio e que todos os amigos da família "estão a abraçar e a divulgar a causa".

Atualmente a criança não faz qualquer medicação. 

O G1 questionou o ministério da Saúde brasileiro sobre o caso, mas não obteve resposta. 

De salientar que em Portugal o medicamento é totalmente comparticipado pelo Estado. A primeira criança a receber o tratamento gratuitamente foi a bebé Matilde, em 2019, após os pais terem feito um apelo público para que a filha tivesse acesso ao tratamento.

Segundos dados divulgados pelo Infarmed em novembro do ano passado, depois de Matilde, mais 33 crianças receberam o tratamento em Portugal.

O acesso ao medicamento voltou a ser notícia na sequência de uma reportagem da TVI, transmitida no ano passado, segundo a qual duas gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o fármaco. Há suspeitas de que isso tenha acontecido por influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que negou qualquer interferência no caso.

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