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Pandemia da Covid-19 declarada há 4 anos. Como tudo começou (e polémicas)

Recorde os tempos iniciais desde as primeiras infeções registadas a nível mundial - assim como alguns casos que marcaram esta pandemia.

Pandemia da Covid-19 declarada há 4 anos. Como tudo começou (e polémicas)
Notícias ao Minuto

14:43 - 11/03/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Covid-19

Assinalam-se esta quarta-feira quatro anos desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a Covid-19 como uma pandemia.

Aquilo que o mundo estava habituado a ver em filmes de ficção passou para a realidade um pouco por todo o mundo: as pessoas fecharam a porta, milhões ficaram em layoff e sair à rua tornou-se a exceção.

Muito se passou em quatro anos – a Europa voltou a ter uma guerra, e no Médio Oriente os conflitos em território palestiniano agravaram-se, obrigando à retirada da população de Gaza. O teletrabalho ‘instalou-se’ em muitos locais, e, entre outras mudanças na vida das pessoas, houve polémicas e situações decorrentes desta pandemia – tanto a nível nacional, como global – em todas as áreas.

Mas, primeiro, vamos recordar…

31 de dezembro de 2019

O gabinete da OMS na China é notificado acerca de uma doença misteriosa parecida com uma pneumonia.

7 de janeiro de 2020

As autoridades de saúde públicas identificam um novo tipo de coronavírus como estando na origem do surto.

2 de março

A então ministra da Saúde, Marta Temido, anunciava os dois primeiros casos em Portugal. Os dois pacientes ficaram internados no Porto.

16 de março

Depois de várias medidas, como o reforço de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, do encerramento de alguns espaços, da redução de agendas e compromissos e também de alertas com alguns cuidados, a primeira morte na sequência de complicações criadas pela Covid-19 é registada.

11 de março de 2020 

A OMS classifica a Covid-19 como uma pandemia.

18 de março

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decreta o estado de emergência por 15 dias, que contemplou o confinamento obrigatório e restrições na via pública.

2 de abril de 2020

Diagnósticos de Covid-19 ultrapassam um milhão de pessoas a nível mundial.

30 de abril de 2020

O Governo aprova um plano de transição do estado de emergência para uma situação de calamidade e anuncia que a partir de dia 4 de maio abrem alguns serviços, mas mantém o teletrabalho

18 de novembro de 2020

Uma mulher, de 48 anos, foi o primeiro caso de reinfeção da doença conhecido em Portugal. Na altura, estavam comprovados a nível mundial apenas cinco casos de reinfeção.

Entre avanços e recuos e aumentos de casos, a investigação foi-se desenvolvendo e, a 27 de dezembro de 2020, o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 arrancou no Hospital de São João, no Porto.

Entre linhas financeiras para ajudar as pessoas que ficaram sem emprego, ou se viram em layoff, e o retorno à normalidade foram precisos muitos meses. Ao fim de três anos, a 5 de maio do ano passado, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou o fim de pandemia, ainda que tenha avisado que a doença veio “para ficar”.

Mas entre a existência de uma pandemia e o regresso à normalidade, que ‘trouxe’ a Covid-19?

Foi este mesmo responsável da OMS que, um mês depois de anunciar o fim da pandemia, teceu elogios a Portugal no combate à doença. “Seria omisso se não reconhecesse o tremendo trabalho de Portugal como nação, na sua resposta à pandemia da Covid-19. O país respondeu rapidamente e teve uma das maiores taxas de vacinação do mundo", referiu, após receber o doutoramento 'honoris causa' pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

"Numa linguagem mais próxima dos tempos e, sobretudo, dos jovens de hoje, se a OMS foi a guardiã planetária e a Estrela da Vida, Tedros Adhanom Ghebreyesus foi o nosso super-herói", apontou Filipe Froes, professor da FMUC. "Poucos diretores gerais da OMS viveram uma pandemia como a que vivemos. Foram 1.151 dias de duração em pleno século XXI e que documentaram não só a imprescindibilidade da OMS, mas o espírito de entrega e de missão do seu diretor-geral e o exemplo de toda uma vida dedicada ao serviço da humanidade", afirmou.

Esta pandemia de Covid-19 abriu ainda os olhos para uma outra: a violência doméstica. Em junho de 2020, o presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, João Lázaro, dava uma entrevista ao Notícias ao Minuto, onde referia que já então se retomava a "triste trajetória pré-pandemia".

Um estudo feito no ano anterior pela Escola Nacional de Saúde Pública dava conta dos dados deste crime na altura da pandemia.

Muitos casos de violência doméstica tiveram início na pandemia

Quinze por cento dos inquiridos num estudo sobre violência doméstica em tempos de covid-19 reportou a ocorrência deste crime na sua casa e um terço das vítimas disse ter sido agredida pela primeira vez durante a pandemia.

Lusa | 07:00 - 27/01/2021

E lá fora?

Se a pandemia afetou - em larga escala - o trabalho de muitas pessoas e daí resultaram muitas dificuldades, houve quem não quisesse 'sair' do trabalho em tempos de isolamento.

No Reino Unido, esta 'vontade' resultou mesmo num escândalo que ficou conhecido como Partygate, que diz respeito a um ajuntamento de membros do Partido Conservador em 2020, numa altura em que havia restrições para aglomerados dada a situação de saúde pública.

Várias fotografias e vídeos surgiram e a polémica espalhou-se, deixando um rasto que, até hoje, 'obriga' o atual primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, a pedir desculpas pelas medidas e situação naquela altura.

A Covid-19 também 'agitou' as águas, com figuras de renome a recusarem vacinar-se e, perante a crise de saúde pública a nível mundial, a criarem algumas consequências. É o caso de Novak Djokovic, que se viu impedido, já em 2023, de participar em vários torneios. Em março do ano passado, o tenista já teria perdido 12,44 milhões de euros em prémios.

A maior 'fatia' decorreu da ausência do US Open, que lhe poderia ter valido um encaixe financeiro de 2,4 milhões de euros. Seguiu-se o duplo 'adeus' ao Open da Austrália, em 2022 e 2023, cujos bónus estavam fixados em 1,8 e 1,9 milhões de euros, respetivamente.

Os milhões que a 'nega' à vacina contra a Covid-19 já custou a Djokovic

Miami Open foi o mais recente torneio do qual o sérvio foi 'barrado' por não estar vacinado.

Notícias ao Minuto | 19:06 - 19/03/2023

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