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Primeiro-ministro iraquiano anuncia reabertura da maior refinaria do país

O primeiro-ministro iraquiano anunciou hoje a reabertura da maior refinaria do país, a Beiji, que tem estado encerrada desde há 10 anos, depois de ter sofrido estragos durante confrontos com o grupo que se designa por Estado Islâmico.

Primeiro-ministro iraquiano anuncia reabertura da maior refinaria do país
Notícias ao Minuto

22:34 - 23/02/24 por Lusa

Mundo Iraque

O chefe do governo, Mohammed Shia al-Sudani, disse em comunicado que o regresso da refinaria ao funcionamento vai permitir que o Iraque satisfaça as suas necessidades nos derivados de petróleo, o que significa poupança de milhares de milhões de dólares por ano, que podem ser "investidos em outros serviços e aspetos da economia".

Al-Sudani afirmou: "O Iraque, com a sua produção de mais de quatro milhões de barris por dia, continua a importar derivados de petróleo".

Com a reabertura de Beiji, acrescentou, o país "fica próximo de garantir todas as necessidades em derivados, já em meados do ano".

A refinaria de Beiji, situada 250 quilómetros a norte de Bagdade, nunca mais funcionou desde que aquele grupo assumiu o controlo da cidade, por ocasião da operação relâmpago que fez em vastas áreas iraquianas no verão de 2014.

As instalações, que tinham uma capacidade de produção superior a 300 mil barris por dia, tinham ficado com fortes estragos, devido aos confrontos entre os milicianos e os militares iraquianos, no final dos quais estes recuperaram o controlo do local.

Muito do equipamento foi roubado. Em agosto, Al-Sudani anunciou que alguns dos 60 camiões de abastecimento e vários equipamentos, que tinham sido roubados, foram encontrados na região semi-autónoma do Curdistão.

A refinaria desempenhou um papel simbólico, mas também estratégico, na luta contra o grupo. A sua reabertura acontece em contexto de negociações para a retirada das tropas da coligação militar liderada pelos EUA, que estiveram a combater aquele grupo, e quando o Iraque se encontra perante uma situação regional instável, desencadeada pela guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Desde outubro, um grupo que se designa por Resistência Islâmica no Iraque, que junta várias milícias apoiadas pelo Irão, tem lançado dezenas de ataques a bases com tropas dos EUA no Iraque e a Síria, alegando o apoio norte-americano a Israel. Estes ataques têm-se repetido nas recentes semanas e as discussões entre iraquianos e norte-americanos recomeçaram para determinar os termos da saída das forças militares.

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