Estados europeus deviam "pressionar" Israel em vez de escoltarem navios

Os rebeldes huthis do Iémen afirmaram hoje que alguns Estados europeus deveriam ter pressionado Israel, para travar a ofensiva na Faixa de Gaza, em vez de centrar esforços na escolta de navios no Mar Vermelho.

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© Sayed Hassan/Getty Images

Lusa
20/02/2024 22:16 ‧ 20/02/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A navegação internacional nos mares Vermelho e Arábico e no [Estreito de] Bab al-Mandeb é segura. Todos os barcos do mundo passam com segurança, com exceção dos israelitas ou dos que se dirigem para os portos da Palestina ocupada", assegurou o porta-voz do grupo, Mohamed Abdusalam, na rede social X.

Abdusalam considerou que "alguns países europeus deveriam ter dirigido a sua pressão para os israelitas, para que parassem a sua agressão contra a Faixa de Gaza", em vez de "se deixarem guiar pela propaganda negra norte-americana" e formarem esta missão naval.

Neste sentido, reiterou que "não há necessidade de militarização do Mar Vermelho", ao mesmo tempo que reivindicou o "direito legítimo" dos insurgentes xiitas a responder à "agressão anglo-norte-americana", referindo-se aos esforços da coligação internacional para deter os ataques dos huthis aos navios mercantes que navegam na zona.

"O que o mundo espera com impaciência não é a militarização do Mar Vermelho, mas uma declaração urgente e alargada de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, por razões humanitárias que são claras para todos", insistiu.

"A entidade israelita não teria continuado com os seus crimes contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza se não tivesse este apoio cego dos norte-americanos, dos britânicos e de alguns europeus", acusou Mohamed Abdusalam.

Estas declarações são uma resposta à decisão da União Europeia, que na segunda-feira aprovou a operação Aspides, uma missão naval no Mar Vermelho para escoltar e proteger os navios mercantes dos ataques dos rebeldes iemenitas.

A missão é composta por quatro fragatas, de França, Alemanha, Grécia e Itália, que também vai ter uma partilha aérea na zona, com o objetivo de escoltar os navios mercantes que naveguem no Golfo Pérsico, Golfo de Omã, Golfo de Áden e Mar Vermelho, e derrubar os eventuais mísseis e drones que os houthis lancem.

Hoje mesmo, os rebeldes iemenitas reivindicaram vários ataques a navios de guerra dos EUA no Mar Vermelho, à cidade costeira israelita de Eilat e ao cargueiro, de bandeira italiana, 'MSC Silver' no Mar Vermelho.

Leia Também: França interceta 2 'drones' Hutis na primeira intervenção no mar Vermelho

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