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Opositor e ex-deputado do Zimbabué condenado por informações falsas

Um tribunal do Zimbabué considerou hoje culpado o opositor e antigo deputado do partido da oposição Job Sikhala de publicar nas redes sociais falsidades que prejudicaram o Estado durante os protestos antigovernamentais de 2022.

Opositor e ex-deputado do Zimbabué condenado por informações falsas
Notícias ao Minuto

16:00 - 15/02/24 por Lusa

Mundo Zimbabué

A juíza Feresi Chakanyuka, do tribunal regional de Harare, a capital, disse que o ex-deputado do partido Coligação Cidadãos para a Mudança (CCC, na sigla em inglês) causou danos irreparáveis à polícia e ao Estado ao publicar um vídeo, na rede social Facebook, de uma menina de nove meses com sangue nas roupas, acusando as forças de segurança de a terem matado, o que se revelou falso.

A magistrada deu a Sikhala um prazo até 04 de março para pagar uma multa de 500 dólares (cerca de 464 euros), para evitar nove meses de prisão.

No entanto, o advogado de defesa, Harrison Nkomo, disse à agência de notícias EFE que vai recorrer da sentença para o Tribunal Superior.

Sikhala também argumentou que a conta do Facebook não lhe pertencia, apesar de ter o seu nome e fotografias.

O ex-deputado esteve detido durante quase 600 dias, até 30 de janeiro, por incitamento à violência pública durante os protestos contra o assassínio do ativista Moreblessing Ali por um líder juvenil do partido no poder, a União Nacional Africana do Zimbabué-Frente Patriótica (ZANU-PF), em 08 de maio de 2022.

Os protestos deram origem a confrontos em que alguns apoiantes do CCC destruíram bens e agrediram membros da ZANU-PF.

Embora o tribunal tenha considerado o antigo deputado culpado e o tenha condenado a dois anos de prisão, suspendeu essa pena pelo tempo cumprido em prisão preventiva.

O CCC, envolto numa crise interna agravada pela demissão do seu antigo líder, Nelson Chamisa, em 25 de agosto de 2023, encontrou numerosos obstáculos para se opor ao Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa.

As eleições de agosto de 2023 foram marcadas por ataques a comícios da oposição, perseguições a dissidentes e processos judiciais por motivos políticos contra líderes da oposição, de acordo com organizações como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch.

Mnangagwa, de 81 anos, lidera o Zimbabué, país que faz fronteira com Moçambique, desde o golpe militar que depôs o antigo Presidente Robert Mugabe, em 2017.

Leia Também: Amnistia saúda decisão do governo do Zimbabué de abolir pena de morte

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