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Guerrilha colombiana suspende "greve armada" no oeste do país

A guerrilha de extrema-esquerda ELN suspendeu a "greve armada", imposta no oeste da Colômbia, depois de ser acusada de violar a trégua negociada no âmbito das conversações de paz em curso com o Governo.

Guerrilha colombiana suspende "greve armada" no oeste do país
Notícias ao Minuto

06:38 - 14/02/24 por Lusa

Mundo Colômbia

"Agradecemos a todos os que responderam ao apelo e não se registaram incidentes", declarou a "Frente de Guerra Ocidental" do Exército de Libertação Nacional (ELN) na rede social X (antigo Twitter), na terça-feira.

Dois dos principais atores das negociações de paz, o Comissário para a Paz, Otty Patiño, responsável pelas conversações em nome do Governo de Gustavo Petro, desde outubro, e a Igreja Católica, acusaram o ELN de não respeitar os termos da trégua.

O ELN tinha imposto esta "greve armada por tempo indeterminado" no sábado, proibindo qualquer atividade e movimento nas zonas que controlava no departamento de Choco, alegadamente para "preservar a vida e a integridade da população não combatente", devido à suposta presença na região de grupos paramilitares de extrema-direita, "com a complacência das forças públicas".

Esta "greve armada", convocada apesar do cessar-fogo bilateral em vigor desde agosto, obrigou milhares de agricultores a ficar em casa.

Eleito em 2022 como o primeiro presidente de esquerda na história do país, Gustavo Petro está a tentar implementar uma política ambiciosa de "paz total" para pôr um fim definitivo à violência que dilacerou a Colômbia durante mais de meio século.

Petro iniciou conversações com as duas principais fações de dissidentes das FARC, com o ELN e com grupos paramilitares e narcotraficantes.

No entanto, esta política deparou-se com numerosos obstáculos e foi duramente criticada pela oposição, enquanto estes grupos armados, ligados ao tráfico de droga, intensificaram esforços para aumentar a influência territorial.

Um relatório dos serviços secretos afirma que o ELN tinha aproveitado as negociações para "ganhar tempo" e "reforçar as capacidades militares", enquanto o "envolvimento em atividades ilegais, como o tráfico de droga e a extorsão, aumentou para obter fundos para financiar as operações", de acordo com o documento divulgado na terça-feira pela imprensa colombiana.

Leia Também: Colômbia acusa guerrilha do ELN de ser desleal ao processo de paz

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