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Itália não julga trabalhadores por assassínio de diplomata na RDCongo

A justiça italiana decidiu hoje não julgar os dois trabalhadores do Programa Alimentar Mundial (PAM) acusados do assassínio, em fevereiro de 2021, do embaixador italiano na República Democrática do Congo, num atentado perpetrado nos arredores de Goma (leste).

Itália não julga trabalhadores por assassínio de diplomata na RDCongo
Notícias ao Minuto

18:08 - 13/02/24 por Lusa

Mundo RDCongo

A juíza de instrução Marisa Mosseti, do tribunal de Roma, reconheceu a "falta de competência" do tribunal no caso e a aplicação do princípio da imunidade diplomática para os dois acusados de homicídio, Rocco Leone e Mansour Luguru Rwagaza, segundo a agência noticiosa ADNKronos, citada pela Europa Press.

"Há uma forte deceção e amargura. Tomamos nota da sentença e aguardamos os próximos passos da procuradoria", disse o representante legal da família do italiano Vittorio Iacovacci, um militar que também foi morto durante o ataque.

A Procuradoria de Roma anunciou pouco depois que irá recorrer da decisão, precisamente devido à disputa sobre a imunidade diplomática dos dois funcionários da agência da ONU. O advogado de defesa de Leone congratulou-se com a decisão.

Um tribunal congolês condenou seis pessoas a prisão perpétua, em abril de 2023, pelo ataque contra o embaixador Luca Attanasio, que foi morto em 22 de fevereiro de 2021 durante um assalto de homens armados a um comboio do PAM que viajava sem escolta através do parque Virunga no Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo (RDCongo).

As autoridades congolesas atribuíram o ataque, que também matou um trabalhador do PAM, ao grupo rebelde Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda, formado em 2000 por rebeldes hutus e milicianos ruandeses que fugiram depois de terem participado no genocídio de 1994 no Ruanda.

No entanto, o grupo negou o facto e, por sua vez, culpou os exércitos da RDCongo e do Ruanda. O PAM sublinhou então que o incidente "teve lugar numa estrada que tinha sido previamente aprovada para viajar sem uma escolta de segurança".

O juiz congolês William Assani, que conduzia a investigação sobre o assassinato do embaixador italiano, foi morto em março de 2021 quando o veículo em que viajava foi emboscado numa estrada entre a cidade de Rutshuru e Goma.

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