Os Estados Unidos e o Reino Unidos voltaram a atacar alvos Hutis no Iémen, de acordo com o que dois responsáveis da defesa norte-americana revelaram à CBS News.
É a 2.ª vez este mês que as duas nações levam a cabo ataques aéreos no país. Os primeiros ataques acontecem cerca de dez dias depois de os primeiros ataques acontecerem na capital, Sanaa, e nas províncias de Hodeidah, Saada e Dhamar.
Desde novembro que o grupo tem vindo a atacar embarcações. Apesar de não terem sido registados feridos graves, algumas empresas afastaram-se da circulação no Mar Vermelho, onde decorreram os ataques por porte dos Hutis.
Tanto os Estados Unidos como o Reino Unido avisaram diversas vezes que as ações teriam consequências, inclusive, na mesma semana em que o primeiro ataque em conjunto foi levado a cabo. Numa visita ao Médio Oriente, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, explicou, dias antes da primeira retaliação, que não era do interesse de ninguém ver "uma escalada", mas foi peremptório: "Se as nossas forças forem atacadas ou ameaçadas, tomaremos as medidas adequadas. Vamos responder, vamos protegê-las - já o demonstrámos no passado, e faremos o mesmo se tiver de ser".
Esta posição foi reforçada pelo ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, que advertiu os rebeldes Hutis que os seus ataques no Mar Vermelho deviam parar, acusando ainda o Irão de apoiar as operações dos rebeldes iemenitas. "É demais. Precisamos deixar claro aos Hutis que [os ataques] têm de parar e enviamos-lhes uma mensagem simples: preparem-se", referiu Shapps à televisão britânica Sky News.
Em comunicado conjunto da Austrália, Bahrain, Canadá, Países Baixos, Reino Unidos e Estados Unidos, lê-se que foi levada a cabo uma "ronda adicional de ataques proporcionais e necessários contra oito alvos Huti no Iémen, em resposta aos contínuos ataques dos Hutis contra a navegação internacional e comercial, bem como contra navios de guerra que transitam no Mar Vermelho".
"Estes ataques de precisão destinam-se a perturbar e degradar as capacidades que os Hutis usam para ameaçar o comércio global e as vidas de marinheiros inocentes, e são uma resposta a uma série de ações Huti ilegais, perigosas e desestabilizadoras desde os ataques da nossa coligação em 11 de Janeiro, incluindo mísseis balísticos antinavio e ataques de sistemas aéreos não tripulados que atingiram dois navios mercantes de propriedade dos EUA", lê-se no comunicado, citado pela Sky News.
Os ataques tiveram como alvo "um local de armazenamento subterrâneo Huti e locais associados às capacidades de mísseis e vigilância aérea dos Hutis".
[Notícia atualizada às 22h33]
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