"Pendurar Sánchez pelos pés"? MP espanhol investiga líder do Vox

Santiago Abascal, presidente do Vox, afirmou que "haverá um determinado momento em que o povo vai querer pendurá-lo pelos pés", referindo-se ao primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez.

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Notícias ao Minuto
19/01/2024 18:17 ‧ 19/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

O Ministério Público (MP) espanhol vai abrir um processo para investigar o presidente do Vox, Santiago Abascal, por ter afirmado, sobre Pedro Sánchez, durante uma entrevista a um jornal argentino, que "haverá um determinado momento em que o povo vai querer pendurá-lo pelos pés".

As declarações de Abascal foram feitas no dia 10 de dezembro, durante uma viagem a Buenos Aires, na Argentina, para a tomada de posse do presidente Javier Milei. Uma semana depois, o presidente do Vox garantiu que as declarações eram "uma metáfora" e recusou a ideia de que queria que alguém fosse enforcado pelos pés, "nem sequer um corrupto e traidor".

Segundo o El País, o MP espanhol considerou que as declarações de Santiago Abascal poderiam representar um crime de calúnia, injúria, de graves ameaças contra o Governo, ódio e discriminação, devido ao contexto em que foram produzidas. Para além disto, o MP salientou que o facto de as declarações terem sido feitas num contexto de aguda polarização política, em que apoiantes do Vox se manifestaram em frente à sede do Partido Socialista espanhol (PSOE) para insultar o partido e Pedro Sánchez, não deveria ser ignorado. 

Assim, o Ministério Público de Espanha acedeu a abrir diligências para investigar as declarações de Abascal constituem, ou não, um crime. 

Recorde-se que o PSOE tinha apresentado, em dezembro de 2023, uma denúncia contra o líder do Vox junto do Ministério Público espanhol, devido às declarações de Abascal. "Não estamos a falar de qualquer disparate, são estas palavras que alguns podem usar como justificação para ações violentas", disse o porta-voz socialista, Patxi López, relembrando também que Abascal, noutras situações, já tinha acusado Sánchez de ser um "ditador" e de estar a levar a cabo um "golpe de Estado".

O próprio líder do governo espanhol alertou, na altura, que "Abascal não diz isto porque sim, não é um lapso. Quer que hoje estejamos a falar dele. Em Espanha nada se está a romper, não há essa polarização e esse ódio que tenta inocular Abascal".

Leia Também: Sánchez reafirma recusa de processo de autodeterminação na Catalunha

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