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Dinamarca confirma que suspeitos de terrorismo detidos têm ligações a Hamas

As sete pessoas suspeitas de planearem um atentado terrorista que a polícia na Dinamarca impediu em dezembro passado têm ligações ao movimento islamita palestiniano Hamas, indicou hoje a polícia dinamarquesa.

Dinamarca confirma que suspeitos de terrorismo detidos têm ligações a Hamas
Notícias ao Minuto

15:22 - 12/01/24 por Lusa

Mundo Dinamarca

O procurador dinamarquês Anders Larsson confirmou no decurso de uma audiência perante o Tribunal de Apelo em Copenhaga que o caso "tem ligações com o Hamas", afirmou a polícia dinamarquesa, em declarações por escrito à agência noticiosa AFP.

Não foram fornecidos mais pormenores, uma vez que o processo decorre à porta fechada.

Em 14 de dezembro passado, a polícia e os serviços de informações dinamarqueses (PET) anunciaram a detenção de três pessoas na Dinamarca e uma quarta nos Países Baixos numa operação conjunta por suspeita de conspiração para realizar "um ato terrorista".

No total, sete pessoas são agora suspeitas de envolvimento no planeamento de um atentado terrorista.

"Trata-se de um grupo que preparava um ato de terrorismo. Há ligações com países estrangeiros" e com o crime organizado, indicou, na ocasião, Flemming Drejer, diretor de operações dos serviços de informações dinamarqueses.

Na mesma altura, Israel indicou que os suspeitos detidos na Dinamarca atuavam "em nome do Hamas", uma acusação que ainda não tinha sido confirmada pelas autoridades dinamarquesas.

"A ameaça terrorista sobre a Dinamarca é muito séria, mas felizmente dispomos (...) de uma polícia e serviços de informações competentes e vigilantes e que fazem tudo ao seu alcance, diariamente, para garantir a nossa segurança", reagiu o ministro da Justiça, Peter Hummelgaard, citado pela agência noticiosa Ritzau.

A Dinamarca e a vizinha Suécia foram recentemente alvo de revolta por parte de países muçulmanos, quando cidadãos em ambos os países profanaram o Corão, o livro sagrado do Islão.

No Iraque, por exemplo, centenas de apoiantes do influente líder religioso Moqtada Sadr tentaram marchar em direção à embaixada dinamarquesa em Bagdad no final de julho.

Desde então, a Dinamarca legislou no sentido de proibir a queima do livro sagrado, argumentando que a medida visa proteger a segurança nacional.

Já em 2006, uma onda de violência anti-dinamarquesa alastrou-se pelo mundo muçulmano após a publicação de caricaturas de Maomé, levando a uma maior vigilância por parte dos serviços de informações e da polícia que, desde então, frustraram vários ataques planeados.

No entanto, Copenhaga foi alvo, em fevereiro de 2015, de um ataque 'jihadista', que pareceu inspirado nos ataques cometidos em Paris um mês antes contra o semanário Charlie Hebdo e a loja Hyper Cacher.

O autor deste ataque tinha como alvo um centro cultural onde decorria um debate sobre a liberdade de expressão e também a principal sinagoga da capital do país escandinavo, mas foi morto a tiro pela polícia.

Há um ano, a justiça dinamarquesa condenou um simpatizante do grupo 'jihadista' Estado Islâmico a 16 anos de prisão por planear um ataque bombista, a pena mais pesada proferida na Dinamarca num caso abrangido pela legislação antiterrorismo.

O acusado declarou-se inocente, alegando que os 12 quilos de pólvora e produtos químicos encontrados escondidos na sua casa tinham como objetivo fazer fogos-de-artifício.

No início de dezembro passado, a comissária de Assuntos Internos da União Europeia (UE), Ylva Johansson, chegou a considerar que a Europa enfrentava um "enorme risco de ataques terroristas" durante o período de férias de Natal devido às consequências da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, iniciada a 07 de outubro.

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