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Orbán alarmado com o "mal que está a corroer as democracias ocidentais"

O primeiro-ministro húngaro manifestou-se hoje alarmado com o "mal que está a corroer as democracias ocidentais", numa reação à declaração de inelegibilidade de Donald Trump para as presidenciais norte-americanas e à demissão dos gestores dos 'medias' estatais na Polónia.

Orbán alarmado com o "mal que está a corroer as democracias ocidentais"
Notícias ao Minuto

15:58 - 21/12/23 por Lusa

Mundo Hungria

"Assistimos hoje a coisas estranhas, digamos, no mundo ocidental democrático", afirmou Viktor Orbán, durante a sua conferência de imprensa de revisão do ano, em Budapeste, na qual expressou a sua preocupação perante o que classificou de "mal que está a corroer as democracias ocidentais".

Numa alusão ao seu reconhecido aliado Trump, o político húngaro nacionalista assinalou a necessidade de dar atenção ao processo eleitoral que irá decorrer nos Estados Unidos em 2024: "Temos de estar atentos porque há uma grande democracia ocidental onde, se bem entendi, querem bloquear um candidato presidencial colocando obstáculos legais no seu caminho".

O Supremo Tribunal do Colorado determinou o ex-Presidente dos Estados Unidos e potencial candidato Republicano à corrida eleitoral de 2024 inelegível para a Presidência devido ao seu envolvimento na invasão ao Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em janeiro de 2021.

"Vejo outro país, igualmente importante, onde um partido com representação significativa parlamentar é colocado sob vigilância", acrescentou Orbán, numa referência ao partido alemão de extrema-direita AfD.

"E vejo um terceiro país onde o controlo da televisão é feito pela força policial", acrescentou Orbán, que foi questionado sobre a demissão pelo novo Governo polaco, liderado pelo ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk, dos dirigentes de meios estatais de comunicação social, tidos como representantes do anterior executivo do qual Orbán era muito próximo.

Citado pela agência France Presse (AFP), Orbán ironizou, referindo que "se tudo isto se passasse na Hungria, talvez as forças da NATO já teriam intervindo, o que coloca igualmente o problema de dois pesos e duas medidas".

No poder desde 2010, Viktor Orbán é regularmente criticado por Bruxelas, tendo a Comissão Europeia congelado 21 mil milhões de euros de fundos devido à situação de Estado de direito no país, enquanto em 2022 o Parlamento Europeu referiu que a Hungria era um "regime híbrido de autocracia eleitoral" em vez de uma verdadeira democracia.

Vários meios de comunicação húngaros foram excluídos da conferência de imprensa.

Leia Também: Orbán condiciona a ajuda à Ucrânia à libertação de fundos para a Hungria

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