Campanha de Gustavo Petro suspeita de financiamento de narcotraficantes
Uma comissão parlamentar confirmou hoje a abertura de uma investigação preliminar ao Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na sequência do possível financiamento de traficantes de droga à campanha que antecedeu a sua eleição em 2022.
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Mundo Colômbia
Em comunicado, a Comissão de Inquérito e Acusação da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento colombiano, confirmou a abertura do processo na sequência das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República no caso de lavagem de dinheiro contra Nicolas Petro, um dos filhos do chefe de Estado, presente na sua campanha presidencial.
A acusação contra Nicolas Petro foi desencadeada pelo depoimento da ex-mulher, Daysuris Vasquez, que o acusou de ter recebido grandes somas de dinheiro de Samuel Santander Lopesierra, condenado nos Estados Unidos por tráfico de estupefacientes.
Segundo a acusação, uma parte do dinheiro financiou a campanha presidencial de 2022 e o resto foi utilizado por Nicolas Petro para levar uma vida de luxo em Barranquilla, cidade costeira no norte do país.
Depois de se mostrar disposto a cooperar com a investigação, o filho do Presidente da República decidiu rejeitar as acusações e defender-se em tribunal, tendo ainda dito que o pai não tinha conhecimento das contribuições de Samuel Santander Lopesierra para a sua campanha.
No âmbito da investigação, os 18 elementos vão decidir se há razão para acusar o Presidente da República perante a Câmara dos Deputados e, de seguida, iniciar um processo de 'impeachment', cuja decisão final cabe ao Senado, a designada câmara alta do parlamento colombiano.
Primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, sem maioria na Câmara dos Representantes nem no Senado, Gustavo Petro é alvo de uma investigação semelhante à que se deu contra Ernesto Samper, Presidente entre 1994 e 1998, após as suspeitas de financiamento com dinheiro da droga, antes de ser absolvido.
Também Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia entre 2010 e 2018, foi investigado pela Comissão de Inquérito e Acusação da Câmara dos Representantes por suspeitas de subornos da construtora brasileira Odebrecht para as suas campanhas, mas o processo viria a ser arquivado.
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