Huthis reivindicam ataque intercetado por forças israelitas

Os rebeldes Huthis do Iémen reivindicaram o disparo de um míssil de cruzeiro hoje contra o sul de Israel e que foi intercetado pela aviação israelita, afirmou o porta-voz do grupo armado apoiado pelo Irão.

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© AFP via Getty Images

Lusa
22/11/2023 21:22 ‧ 22/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"As nossas forças lançaram mísseis contra vários alvos militares da entidade israelita", escreveu no X (ex-Twitter) o porta-voz do braço armado dos Huthis, Yahia Saree.

"Continuaremos a realizar operações militares até que a agressão israelita contra o povo palestiniano em Gaza e na Cisjordânia termine", acrescentou.

O Exército israelita afirmou hoje ter intercetado um míssil de cruzeiro que avançava em direção ao sul do país.

Uma aeronave de combate "intercetou com sucesso um míssil de cruzeiro disparado contra Israel", após relatos de uma intrusão no espaço aéreo perto da cidade de Eilat, disse um comunicado do exército, acrescentando que "não houve infiltração em território israelita".

A guerra entre o Hamas e Israel, desencadeada pelo ataque do movimento islâmico palestiniano em solo israelita em 07 de outubro, suscita receios de uma escalada regional, em particular envolvendo o chamado "eixo de resistência" contra Israel, que conta com grupos apoiados pelo Irão incluindo, além do Hamas, do grupo libanês Hezbollah e dos Huthis.

No domingo, os Huthis alegaram ter apreendido um navio comercial, o Galaxy Leader, propriedade de um empresário israelita, no Mar Vermelho, em retaliação pela investida militar contra a Faixa de Gaza.

O navio cargueiro foi fretado por um grupo japonês e Tóquio anunciou que abordaria diretamente os Huthis para obter a libertação do navio.

Nas últimas semanas, os rebeldes Huthi lançaram vários 'drones' e mísseis contra o território israelita.

Em 09 de novembro, os militares israelitas afirmaram que o seu mais recente intercetador de mísseis balísticos hipersónicos, o sistema Arrow 3, tinha destruído pela primeira vez um alvo que se dirigia para Israel a partir do Mar Vermelho, já sublinhando os potenciais ataques a partir do Iémen.

Em 20 de outubro, um navio da Marinha dos Estados Unidos no Mar Vermelho abateu mísseis e 'drones' disparados por rebeldes Huthi, possivelmente contra Israel, segundo o Pentágono.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 47.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

Leia Também: Hamas considera "vitória" sequestro pelos huthis de navio no Mar Vermelho

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