Presidente do Azerbaijão acusa França de favorecer uma guerra no Cáucaso

O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, acusou a França de preparar o terreno para uma nova guerra no Cáucaso ao armar a Arménia, segundo um texto hoje publicado pelas autoridades arménias.

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© OZAN KOSE/AFP via Getty Images

Lusa
21/11/2023 10:27 ‧ 21/11/2023 por Lusa

Mundo

Ilham Aliev

Numa mensagem escrita para uma conferência internacional que se realiza em Baku, capital do Azerbaijão, Aliev afirmou que a França está a desestabilizar a região ao armar a Arménia e a "preparar o terreno para uma nova guerra".

Os dois países mantêm relações muito conflituosas e as tensões estão em alta desde a reconquista pelo Azerbaijão em setembro da região de Nagorno-Karabakh, um território separatista que os azeris e os arménios disputam há mais de três décadas.

Antes disso, os dois países já tinham entrado em confronto em duas guerras pelo controlo deste enclave, uma entre 1988 e 1994 e outra no outono de 2020.

A França tem estado envolvida na mediação entre estas duas antigas repúblicas soviéticas nos últimos meses e também demonstrou o seu apoio inabalável à Arménia.

Os arménios temem que a reconquista de Nagorno-Karabakh tenha encorajado o Azerbaijão, país mais rico e mais bem armado, a violar a sua integridade territorial.

Paris, por exemplo, anunciou que deu o seu acordo à entrega de equipamento militar à Arménia, que pretende se proteger melhor. Esta posição francesa provocou duras críticas por parte de Ilham Aliev.

A Arménia país acusou recentemente o Azerbaijão de ter liderado uma campanha de manipulação de informação destinada a prejudicar a reputação de França na sua capacidade de acolher os Jogos Olímpicos de 2024.

Desde a última ofensiva vitoriosa de Baku, quase toda a população arménia de Nargono-Karabakh, mais de 100.000 pessoas das 120.000 registadas, fugiu para a Arménia.

As conversações de paz entre os dois países foram iniciadas várias vezes, mas registaram poucos progressos nos últimos tempos.

Na semana passada, o Azerbaijão recusou-se a participar nas negociações planeadas para novembro nos Estados Unidos com a Arménia, citando a posição "parcial" de Washington.

Leia Também: Tribunal da ONU ordena a Baku que permita regresso a Nagorno-Karabakh

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