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DeSantis continua a cair e já está a 40 pontos de Trump no seu estado

O governador da Florida chegou a ser um rosto do Partido Republicano pós-Trump, mas uma campanha pouco entusiasmante e o crescimento do ex-presidente deixaram Trump isolado nas sondagens.

DeSantis continua a cair e já está a 40 pontos de Trump no seu estado

A campanha de Ron DeSantis tem poucos motivos para sorrir estes dias e, a menos de um ano da convenção republicana, o governador da Florida está cada vez mais longe de obter a nomeação para a Casa Branca. Uma nova sondagem coloca o candidato a quase 40 pontos percentuais do seu principal rival, Donald Trump, no seu próprio estado natal.

A sondagem da Universidade do Norte da Florida (UNF) aponta que DeSantis caiu para 21% das intenções de voto nas primárias do Partido Republicano, estando longe de Donald Trump, que atinge os 60%.

Os dados surgem um dia antes do próximo debate, no qual também estará Nikki Haley. A antiga embaixadora dos Estados Unidos na ONU, nomeada por Trump, está no terceiro lugar com 6% das intenções de votos na Florida.

A UNF também refere que, num frente a frente direto, Trump derrotaria DeSantis com uma vantagem de 59-29, sendo que 12% não votaria em qualquer um dos candidatos.

"Apesar de uma aprovação historicamente alta nas sondagens, o governador DeSantis perder gás no seu estado natal não traz boa fortuna para a sua campanha nacional", afirmou Michael Binder, professor de ciência política na UNF, citado pelo The Guardian.

A campanha de Donald Trump já reagiu à sondagem, considerando que os resultados demonstram que DeSantis é "um pássaro ferido a cair do céu". Também Nikki Haley fez questão de vincar que a sua própria campanha tem ficado cada vez mais próxima de se tornar uma alternativa a Trump em alguns estados.

A queda de Ron DeSantis na Florida segue a par das suas frustrações a nível nacional. O governador da Florida chegou a ser uma das maiores esperanças dos eleitores conservadores para retomar a Casa Branca, perdida por Donald Trump em 2020. DeSantis conquistou facilmente um segundo mandato como governador em 2022 e conseguiu fazer da Florida, outrora um estado sempre contestado, num reduto republicano.

As suas políticas ultraconservadoras, passando pela restrição de direitos civis a pessoas queer e pela retirada de livros e limites de aprendizagem escolar sobre questões de matéria racial, são exemplos de uma postura mais autoritária com que DeSantis passou a governar o estado da Florida, mas as batalhas com a imprensa e e a promoção de discussões culturais não tiveram grande repercussão na campanha nacional.

Pelo contrário, Donald Trump tem visto a sua popularidade crescer consistentemente ao longo da campanha anunciada há praticamente um ano. Apesar dos muitos processos na justiça, nomeadamente em torno da sua tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020, Trump tem liderado todas as sondagens e é, mais uma vez, o favorito a disputar a presidência dos Estados Unidos contra Joe Biden.

Na corrida à nomeação pelo Partido Republicano está também o empresário multimilionário neoliberal Vivek Ramaswamy. Há ainda nomes como Tim Scott, Chris Christie, Asa Hutchinson, Ryan Binkley e Doug Burgum. Larry Elder, Perry Johnson, Francis Suarez e Will Hurd chegaram a ser candidatos, mas já abandonaram a corrida, tal como o antigo vice-presidente de Trump, Mike Pence, que desistiu na semana passada depois de uma campanha desapontante.

Leia Também: Campanha de Trump diz que angariou mais de 43,2 milhões no 3.º trimestre

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