Protestos no Bahrein, na Jordânia e no Iémen exigem posição árabe mais dura

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje no Bahrein, na Jordânia e no Iémen para condenar os bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza e exigir que os países árabes adotem uma posição política mais dura em relação a Israel.

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© Mohammed Hamoud/Getty Images

Lusa
03/11/2023 18:51 ‧ 03/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel

Na Jordânia, país que assinou a paz com Telavive em 1994, milhares de pessoas saíram hoje à rua em várias cidades e exigiram "a eliminação" dos acordos de paz com Israel, "a expulsão do embaixador israelita" e "o encerramento da embaixada".

"Cortem relações... não queremos gás, nem água", "Basta de mártires" e "Por ti, sacrificamos as nossas almas, ó Aqsa", numa alusão à mesquita situada em Jerusalém Oriental -- cidade ocupada por Israel em 1967 e considerada o terceiro lugar sagrado do Islão -, eram algumas palavras de ordem repetidas pelos manifestantes.

O Governo jordano anunciou na passada quarta-feira a retirada de Telavive do seu embaixador e afirmou ter tomado essa decisão para expressar o seu "repúdio e condenação pela guerra de ocupação israelita na Faixa de Gaza, que está a matar inocentes e a provocar uma catástrofe humanitária sem precedentes", acrescentando que manterá tal decisão até que "Israel ponha fim à sua guerra" naquele enclave palestiniano.

Em Sanaa, a capital do Iémen, controlada pelos rebeldes xiitas Huthis, centenas de apoiantes desse movimento pró-iraniano expressaram o seu apoio à "resistência" em Gaza e gritaram palavras de ordem como "Morte a Israel" e "Morte aos Estados Unidos".

Os Huthis reivindicaram nos últimos dias vários ataques com mísseis balísticos e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) a Israel, para apoiar o grupo islamita palestiniano Hamas.

O Exército israelita, que ameaçou retaliar a esses ataques, afirmou que foram neutralizados pelos sistemas de defesa antiaérea israelitas.

Marchas de protesto semelhantes realizaram-se hoje no reino do Bahrein - cuja população é maioritariamente xiita, embora tenha um Governo sunita -, nas quais se podia ouvir: "Por ti vamos, ó resistência (...), ó Gaza, ó Jerusalém" e também "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel".

A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 28.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 9.200 mortos, entre os quais 3.826 crianças, segundo um relatório do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Leia Também: AO MINUTO: Hospital novamente atacado; Cravinho volta a defender Guterres

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