Filho desapareceu e polícia afinal sabia onde estava (e que estava morto)

Agentes tinham conhecimento que o homem tinha sido atropelado por um polícia fora de serviço, mas só informaram a mãe 5 meses depois. Corpo foi enterrado numa vala comum.

Polícia - EUA - Tiroteio - Estados Unidos - Photo by ANDRI TAMBUNAN/AFP via Getty Images

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Notícias ao Minuto
27/10/2023 09:44 ‧ 27/10/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Mississippi

Uma mulher norte-americana descobriu que os agentes da polícia que alegadamente ajudavam nas buscas pelo seu filho desaparecido, afinal, esconderam a morte do homem. A 5 de março, Dexter Wade, de 37 anos, discutiu com a mãe, abandonando o domicílio com um amigo.

A 14 de março, não havia ainda sinal do homem, o que levou a mãe a dirigir-se às autoridades para reportar o desaparecimento.

Uma decisão difícil de tomar, já que as relações da família com as autoridades não são propriamente pacíficas - em 2019, o irmão de 62 anos da mulher tinha morrido às mãos de um agente da polícia de Jackson, que o atirou ao chão. O agente acabou condenado por homicídio culposo.

Passaram-se 172 dias sem que a polícia desse qualquer atualização à mulher, que continuou a procurar, por conta própria, descobrir o paradeiro do filho. No entanto, a polícia já sabia há muito tempo onde estava.

Com a ajuda de um perito forense, registos judiciais, documentos públicos e entrevistas com a família, a NBC News revelou que, apenas 24 minutos após Dexter ter saído de casa, foi atropelado por um agente da polícia de Jackson (fora de serviço) quando atravessava uma autoestrada com seis vias, não muito longe de casa.

Foi o próprio agente, que seguia ao volante de um SUV, que relatou o acidente às autoridades. Não se suspeitando que estaria sob o efeito de álcool ou drogas, não lhe foram feitos exames toxicológicos no local. A morte foi considerada acidental.

Mais tarde, Dexter viria a revelar ter metanfetaminas e fenciclidina (também conhecido como pó de anjo), no organismo no momento do atropelamento.

O perito forense responsável por identificar a vítima do acidente garante ter transmitido as informações à polícia. Tendo enviado mesmo um número de telefone e uma morada ao Departamento de Polícia de Jackson. "Uma vez que tenho a informação, passo-a à polícia porque é a sua jurisdição, de forma que possam notificar propriamente os familiares", revelou.

Apesar de saberem o nome de Dexter e quem eram os seus familiares mais próximos, não entraram em contato com a mãe e deixaram o corpo sem ser reclamado na morgue do condado por vários meses. Como o corpo não foi reclamado, o condado enterrou os restos mortais de Dexter numa vala comum, com outros corpos não reclamados.

Só em agosto - e depois de o principal investigador responsável ter-se reformado e ter sido substituído - é que Bettersten Wade recebeu uma visita da polícia, a informar que o filho tinha sido atropelado mortalmente por um agente fora de serviço.

Foi então que a mulher entrou em contacto direto com o perito que identificou o filho (dias depois do atropelamento), que lhe garantiu ter passado toda a informação à polícia atempadamente.

"Fizeram-me procurar este tempo todo e sabiam quem era”, lamentou a mulher, acrescentando: "Só quero que alguém responda pelo que aconteceu. Quero saber o que realmente aconteceu".

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