Um antigo pastor assistente de uma igreja de Oxnard, no estado norte-americano da Califórnia, foi condenado a dois anos de prisão, depois de ter roubado 200 mil dólares (cerca de 170.626 euros) à organização religiosa para comprar uma habitação própria no Tennessee, assim como um telemóvel, um automóvel e bilhetes de avião. Também usou os fundos para ir ao dentista, segundo anunciou o Gabinete do Procurador Distrital do Condado de Ventura, na sexta-feira.
Curtis Frank Lemons, de 68 anos, declarou-se culpado em abril deste ano de dois crimes de roubo e de um de branqueamento de capitais, de acordo com a nota divulgada.
"Este é um caso triste. O Sr. Lemons roubou uma vítima vulnerável numa altura vulnerável. O patriarca da igreja estava à beira da morte quando isto aconteceu, no início da pandemia. O Sr. Lemons tomou uma decisão terrível, mas aceitou a responsabilidade”, apontou o procurador distrital adjunto sénior Howard Wise, citado no documento.
O homem emitiu um cheque administrativo em seu nome, em dezembro de 2020, a partir de uma conta bancária da New Progressive Christian Baptist Church, onde atuava como pastor assistente. Entre janeiro e abril de 2021, Lemons fez uso dos 200 mil dólares roubados para despesas pessoais, apesar de ter alegado que tinha doado o dinheiro à caridade. De facto, o homem foi ao dentista e adquiriu uma habitação própria no Tennessee, assim como um telemóvel, um automóvel e bilhetes de avião.
O crime ocorreu no auge da pandemia da Covid-19, num momento em que a igreja batalhava para realizar as missas de forma segura. O fundador da congregação, o reverendo Jesse James Taylor, também estava às portas da morte. O religioso acabou por morrer em agosto de 2021, aos 87 anos.
Além da pena de prisão de dois anos, o arguido, que reside agora em Atoka, no estado norte-americano do Tennessee, também terá de restituir a organização religiosa em 200 mil dólares, a quantia que roubou.
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