"Existe o perigo de o fornecimento de recursos energéticos poder ser interrompido. O Médio Oriente é uma região muito sensível que fornece matérias-primas aos mercados energéticos", afirmou o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, durante uma intervenção na Semana Energética da Rússia, que contou com a participação do Presidente russo, Vladimir Putin.
Neste contexto, "a tarefa da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e da OPEP+ (que reúne a OPEP e 10 outros aliados) inclui a reação aos desafios políticos para preservar a estabilidade do mercado", defendeu o dirigente iraquiano.
Putin considerou que uma expansão do conflito "afetará, sobretudo, logística, seguros e fretamento de navios".
"Pode não afetar a extração, mas afetará o resto das componentes do mercado energético global. É algo totalmente óbvio. Se o conflito se expandir, na minha opinião o impacto será inevitável", salientou Putin.
O líder russo destacou a importância de coordenação nos países produtores no âmbito da OPEP+ (aliança que integra a Rússia).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em dezembro encerrou na segunda-feira no mercado de futuros de Londres em 88,17 dólares, uma subida de 4,26%, mas na terça-feira baixou 0,65% para 87,60 dólares e hoje segue a 86,77 dólares, após mais uma descida de 0,84%.
O movimento islâmico Hamas lançou no sábado uma ofensiva em território israelita, tendo Israel retaliado com bombardeamentos da Faixa de Gaza.
O conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1.055 em Gaza desde sábado, segundo dados das duas partes.
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