Europa? "A política de coesão é o cimento que junta tudo"
A comissária Elisa Ferreira defendeu hoje que para a Europa prosperar todas as regiões têm igualmente de prosperar, sublinhando a importância da política de coesão para as regiões e municípios europeus.
© FRANCOIS WALSCHAERTS/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Elisa Ferreira
"A política de coesão é o cimento que junta tudo", afirmou a comissária europeia, durante a apresentação do relatório anual da União Europeia (UE) sobre o Estado das Regiões e Cidades, elaborado pelo Comité das Regiões e divulgado hoje em Bruxelas.
O documento, apresentado no âmbito da Semana Europeia das Regiões e Cidades, que decorre até quinta-feira em Bruxelas, reflete os resultados de um questionário efetuado de dois em dois anos e em que 66% das cidades e regiões da União Europeia reconhecem que o apoio dos fundos de coesão "foi essencial" aos territórios na resposta às crises, sobretudo no que respeita à crise pandémica.
Apesar de "a recuperação ter sido muito assimétrica", dependendo dos países, a Comissão sublinhou como "positivos" os resultados da política que permitiu, no quadro 2014/2020, apoiar 2,4 milhões de empresas, contribuindo para a criação de 350 mil novos postos de trabalho.
Na apresentação do relatório, Elisa Ferreira sublinhou ainda a importância de contar com os municípios e as regiões para "dar visibilidade" aos resultados da política de coesão que, exemplificou, "mobilizou 1,3 mil milhões de euros para apoio aos refugiados da Ucrânia", no sinal "concreto e tangível da solidariedade da UE".
A apresentação do relatório marcou o arranque da 21.ª Semana Europeia das Regiões e das Cidades, que este ano decorre sob o lema "Regiões prósperas, Europa forte" e que contará com cerca de sete mil participantes de todos os países da UE, envolvidos em 308 eventos.
"É onde as autoridades locais e regionais de toda a Europa podem partilhar e debater questões de suma relevância para todos", afirmou o presidente do Comité das Regiões, Vasco Cordeiro, realcançando a importância "deste nível de governação" no futuro da Europa.
A par com outros dados avançados pelo relatório, Vasco Cordeiro lembrou que os inquéritos efetuados pelo Comité das Regiões demonstraram que "o nível de governação local é aquele em que a população mais confia", podendo dar um contributo ao nível da motivação do eleitorado para participar nas próximas eleições europeias, em junho de 2024.
Sobretudo, numa altura em que a UE vive "a pressão do alargamento [a mais países]", sublinhou Vasco Cordeiro, considerando que essa discussão é "do interesse de todos" e não deve ser resumida ao debate de "quem paga e quem recebe".
*** A Lusa viajou a convite da Comissão Europeia e do Comité das Regiões ***
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