Casal que fazia falsos diagnósticos de Alzheimer condenado nos EUA

A alegada médica usava a clínica para cobrar dinheiro por exames, embora não tivesse competência para tal. Vários pacientes perderam o emprego.

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© Sean Krajacic - Pool/Getty Images

Notícias ao Minuto
28/09/2023 19:18 ‧ 28/09/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Estados Unidos

Um casal que geria uma clínica dedicada ao tratamento de doenças mentais degenerativas no Ohio, nos Estados Unidos, foi considerado culpado de fraude e de desonestidade médica, após terem sido responsáveis por dezenas de falsos diagnósticos.

A principal protagonista do caso, Sherry-Ann Jenkins, foi condenada na terça-feira a seis anos de prisão, enquanto que o seu marido, um otorrinolaringologista chamado Oliver Jenkins, foi condenado a 41 meses (praticamente 3 anos e cinco meses).

Segundo explica o processo do departamento de Justiça, citado pela Associated Press, Sherry-Ann Jenkins recebia várias pessoas e, apesar de não ter formação nem ser uma médica registada, apresentava-se como uma profissional de saúde, cobrando os pacientes por tratamentos e exames desnecessários.

Entre 2017 e maio de 2020, quando foi feita a acusação, a clínica que Jenkins operava em Toledo, no Ohio, deu falsos diagnósticos a mais de 60 pessoas, com todas as vítimas a queixarem-se que a 'médica' as tinha diagnosticado com Alzheimer ou com outras formas de demência. A operação fraudulenta durou cerca de dois anos.

As famílias acabaram por denunciar a situação depois de anos em que foram drasticamente afetadas pelas práticas enganosas de Sherry-Ann Jenkins. Muitas contaram que investiram as suas poupanças numa última viagem antes do que consideravam ser uma morte iminente; várias despediram-se dos seus empregos; e uma pessoa tirou a própria vida, sendo que outros confessaram que consideraram o mesmo.

Quase todas as vítimas 'diagnosticadas' por Jenkins passaram a vê-la após terem tido um incidente mental traumático ou após sentirem um deterioramento do seu estado cognitivo, recorrendo ao seu serviço para cuidados médicos. Jenkins passava exames e receitas aos doentes, apesar de não ter qualquer qualificação para tal, e cobrava por tratamentos desnecessários.

A mulher também obrigava os clientes a certos tratamentos, como exercícios mentais, ou até o uso de óleo de coco para tratar doenças cognitivas.

O seu marido, um otorrinolaringologista, era responsável por usar a sua licença médica para passar as receitas e os exames, apesar de a acusação referir que este nunca via os pacientes e raramente ia à clínica.

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