Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Wang afirmou que a China, como o maior país em desenvolvimento e membro relevante da APEC, está disposta a desempenhar um "papel construtivo" no sucesso da cimeira deste ano.
No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês não revelou se o Presidente do país, Xi Jinping, vai participar no encontro, que se realiza em São Francisco, entre os dias 14 e 17 de novembro.
Xi esteve já ausente das cimeiras do G20 e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
O ministro chinês disse acreditar que os EUA "estão plenamente conscientes" das suas obrigações como anfitrião e que vão demonstrar "abertura, inclusão, equanimidade e responsabilidade" para criar "condições favoráveis" para que a cimeira decorra de forma pacífica.
As declarações de Wang Yi foram feitas durante a apresentação de um documento preparado pelo governo chinês e intitulado "Uma comunidade global para um futuro partilhado: as propostas e ações da China".
"Cada país deve valorizar as preocupações legítimas de segurança dos outros", disse Wang, que se opôs à expansão "arbitrária" das alianças militares e às pressões sobre o ambiente de segurança de outros países.
O diplomata chinês sublinhou a importância de resolver disputas internacionais através do diálogo e de consultas, ao mesmo tempo que apelou à criação de um "ambiente propício à segurança universal".
A relação entre China e EUA deteriorou-se rapidamente, nos últimos anos, marcada por uma prolongada guerra comercial e tecnológica, e divergências sobre o estatuto de Taiwan e Hong Kong ou violações dos Direitos Humanos de minorias étnicas na região chinesa de Xinjiang.
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