A agência de notícias estatal síria Sana sublinhou que dois soldados sírios foram mortos e outros seis ficaram feridos num ataque israelita às suas posições no oeste do país.
"Às 17:22 (15:22 em Lisboa), o inimigo israelita realizou ataques (...) a partir do mar Mediterrâneo, visando alguns dos nossos locais de defesa antiaérea em Tartus", frisou a agência de notícias, que citou fonte militar.
Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) relatou um ataque que teve "como alvo um arsenal de armas do grupo xiita libanês Hezbollah, perto das cidades de Al Yamasa e Deir Al Hajar", e outro "a uma base de defesa aérea das forças do governo sírio, na cidade de Karto, a 10 quilómetros da primeira posição atacada", na zona rural da cidade costeira de Tartus.
Esta ONG apontou para um total de três mortos e oito feridos como resultado de ataques israelitas a duas posições sírias.
O observatório com sede no Reino Unido, mas que dispõe de uma vasta rede de fontes no país em guerra, detalhou que as "explosões ressoaram em Tartus devido ao arsenal de armas do Hezbollah" e causaram a morte destas três pessoas, "cuja nacionalidade é desconhecida", embora seja raro que ocorram ataques nesta cidade em plena luz do dia.
Em 28 de agosto, a Síria acusou Israel de realizar um novo ataque com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Aleppo, no noroeste do país, que ficou fora de serviço durante dois dias devido aos danos materiais causados pela ação.
Nessa mesma semana, o OSDH reportou outro ataque a pontos onde se localizavam armazéns e posições do grupo xiita libanês Hezbollah e de outras milícias pró-iranianas, uma vez que Israel considera a presença destas milícias do outro lado da fronteira como um ameaça à sua segurança.
Israel, país vizinho da Síria, raramente comenta ataques contra este país, mas diz que quer impedir que o Irão se estabeleça à sua porta.
Segundo dados do Observatório, até agora este ano Israel realizou mais de vinte ataques contra a Síria, a maioria aéreos, e causaram pelo menos 62 vítimas nas fileiras do governo sírio e dos grupos armados que os apoiam.
A guerra na Síria, desencadeada em março de 2011 pela violenta repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, já provocou mais de meio milhão de mortos e obrigou à deslocação de vários milhões de pessoas.
O conflito ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.
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