"A queixa foi rejeitada", declarou Nursen Inal, uma das representantes da plataforma We Will Stop Feminicides, cuja dissolução foi solicitada por um procurador em 2022.
"Continuaremos a lutar pela defesa dos direitos das mulheres", declarou Nursen Inal perante os apoiantes presentes no tribunal e que aplaudiram a decisão.
No ano passado, um procurador de Istambul pediu a dissolução da plataforma We Will Stop Feminicides, uma das principais associações turcas de defesa dos direitos das mulheres, por "atividades contrárias à lei e à moral".
Os dirigentes da organização fundada em 2010 têm denunciado que estão a ser alvo de processos políticos desde que iniciaram as atividades.
O processo judicial foi motivado por queixas apresentadas por particulares que acusavam os membros da associação de "destruir a família a pretexto de defender os direitos das mulheres".
A plataforma organizou várias manifestações defendendo a manutenção da Turquia na Convenção de Istambul, um tratado internacional que estabelece um quadro jurídico e institucional para combater a violência baseada nas diferenças de género.
A Turquia retirou-se do tratado em 2021.
O Governo turco justificou a decisão alegando que a convenção encorajava a homossexualidade e ameaçava a estrutura familiar tradicional.
De acordo com a plataforma, 189 mulheres foram assassinadas desde o início do ano na Turquia - face às 403 vítimas mortais em 2022.
Leia Também: Portugal e Macedónia do Norte assinaram acordo de cooperação em Defesa