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EUA limitam exploração de petróleo e gás em grandes áreas do Alasca

O governo dos EUA vai proibir qualquer nova exploração de gás ou petróleo numa enorme área do norte do Alasca, protegendo as populações locais e vida selvagem, cinco meses depois de ter aprovado um projeto de hidrocarbonetos naquela região.

EUA limitam exploração de petróleo e gás em grandes áreas do Alasca
Notícias ao Minuto

07:12 - 07/09/23 por Lusa

Mundo Alasca

Esta nova medida diz respeito a mais de quatro milhões de hectares, uma área comparável à da Dinamarca, dentro da reserva nacional de petróleo, um espaço natural vital para populações de ursos pardos, ursos polares, renas e centenas de milhares de aves migratórias.

"O Alasca é o lar de muitas das mais belas maravilhas naturais da América", frisou o Presidente dos EUA, Joe Biden, em comunicado.

"À medida que a crise climática aquece o Ártico mais do dobro da velocidade do resto do globo, temos a responsabilidade de proteger estas preciosas regiões durante séculos", acrescentou.

O Departamento do Interior, responsável pelas terras federais nos Estados Unidos, acrescentou que cancelou sete licenças de operação autorizadas pelo ex-presidente Donald Trump noutra área protegida no norte do Alasca.

As licenças de perfuração concedidas por Trump (2017-2021) já tinham sido suspensas temporariamente em junho de 2021 devido a "deficiências legais" no processo de concessão.

O governo liderado do Presidente democrata foi amplamente criticado por ambientalistas após a sua decisão, em março, de autorizar um vasto projeto petrolífero da gigante norte-americana ConocoPhillips, nesta mesma reserva nacional de petróleo.

A decisão anunciada quarta-feira não põe em causa este projeto, denominado Willow.

Reduzido a três zonas de perfuração face às cinco inicialmente solicitadas pela empresa, custará entre 8 e 10 mil milhões de dólares e resultará num total de emissões indiretas equivalentes a 239 milhões de toneladas de CO2.

As associações ambientalistas denunciaram uma catástrofe para o clima, e alguns veem o anúncio desta quarta-feira como uma recuperação por parte da administração Biden.

O novo plano anunciado quarta-feira também proíbe a perfuração numa área de mais de um milhão de hectares no mar de Beaufort, localizado a norte da costa norte do Alasca, e a ajuda às populações indígenas locais.

O território é considerado sagrado pelos Kutchin (também chamados de Gwich'in), um grupo aborígene do norte da América do Norte.

Joe Biden tinha prometido durante a sua campanha à presidência o congelamento das licenças de exploração de petróleo, promessa não cumprida.

Os analistas salientam que as decisões judiciais limitaram a sua margem de manobra nesta matéria.

O Presidente democrata também aprovou um enorme plano de investimento climático de 400 mil milhões de dólares no ano passado.

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