Em conferência de imprensa, o Presidente disse que a "ordem do juiz é absolutamente ilegal", acrescentando que a resolução do TSE apenas "respeitou" essa ordem.
"Há um processo de perseguição política, utilizando os instrumentos da justiça e das instituições judiciais de forma ilegal contra o Movimento Semilla e a nossa candidatura", disse o Presidente eleito.
O TSE da Guatemala suspendeu na segunda-feira, a pedido de um juiz, o partido Semilla, do Presidente eleito, Bernardo Arévalo, depois de ter oficializado a vitória do social-democrata.
"A Direção Geral do Registo de Cidadãos (...) decidiu suspender provisoriamente a inscrição como pessoa jurídica da comissão de formação do partido político Movimento Semilla", referiu a resolução do TSE.
Depois de a primeira volta das presidenciais, em 25 de junho, o juiz Fredy Orellana, a pedido do procurador Rafael Curruchiche, ordenou ao TSE que suspendesse o Semilla e investigasse alegadas anomalias no registo de membros durante a formação em 2017.
O TSE não seguiu a ordem do juiz, alegando ser impossível suspender um partido no meio de um processo eleitoral.
O Tribunal Constitucional da Guatemala garantiu então que a segunda volta ia realizar-se na data prevista, entre os dois candidatos qualificados, Bernardo Arévalo e Sandra Torres.
Os Estados Unidos acusaram o juiz Orellana e o procurador Curruchiche de corrupção.
A 20 de agosto, Bernardo Arévalo conquistou mais de 60% dos votos, com a adversária a denunciar uma "alegada fraude" durante o ato eleitoral.
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