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Yevgeny Prigozhin "não fará falta" na Bielorrússia, diz líder da oposição

"Era um assassino e deve ser recordado como tal", considerou Svetlana Tikhanovskaya, a propósito do fundador do Grupo Wagner.

Yevgeny Prigozhin "não fará falta" na Bielorrússia, diz líder da oposição
Notícias ao Minuto

22:51 - 23/08/23 por Ema Gil Pires com Lusa

Mundo Bielorrússia

A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, deu a entender que a morte do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, não será razão para lamentações em Minsk, reporta a Sky News.

"O criminoso Prigozhin não fará falta na Bielorrússia", começou por dizer, acrescentando: "Era um assassino e deve ser recordado como tal".

Importa lembrar que muitos combatentes deste grupo de mercenários tinham sido transferidos para um campo na Bielorrússia, após o presidente do país, Alexander Lukashenko, ter negociado um acordo para pôr fim à rebelião do grupo militar privado na Rússia, há dois meses.

Sobre o tema, disse ainda: "A sua morte pode desmantelar a presença de Wagner na Bielorrússia, reduzindo a ameaça à nossa nação e aos nossos vizinhos".

As declarações surgem já após a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya) ter indicado que Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário russo Wagner, era um dos passageiros do jato privado que se despenhou hoje a norte de Moscovo, em que todos os ocupantes morreram.

Segundo a mesma fonte, estava também entre os passageiros Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas.

Um canal na rede social Telegram próximo do grupo, Grey Zone, publicou que Prigozhin e Utkin morreram "como resultado das ações de traidores da Rússia".  

A Rosaviatsiya já havia indicado que na lista de ocupantes do jato estava o nome de Prigozhin e que havia iniciado uma investigação sobre a queda do avião da Embraer, ocorrida na região de Tver.

O Ministério de Situações de Emergência confirmou que o aparelho Embraer Legacy caiu perto da localidade de Kuzhenkino, quando fazia a ligação entre Moscovo e São Petersburgo, e que três das dez pessoas que viajavam a bordo do aparelho eram tripulantes.

"De acordo com dados preliminares, todos os que estavam a bordo morreram", informou o Ministério de Situações de Emergência.

Diferentes versões do ocorrido são discutidas nas redes sociais russas. Canais próximos do grupo Wagner afirmam que o avião poderá ter sido abatido pela defesa antiaérea russa, outros por um atentado ou ainda por um 'drone' inimigo.

O governador de Tver, Igor Rudenia, assumiu o controlo pessoal da investigação sobre o sucedido com o avião civil.

O líder dos mercenários Wagner, de 62 anos, lutou ao lado do exército regular russo na Ucrânia e mantinha operações militares há longo tempo na Síria e em vários países africanos, e protagonizou há dois meses uma rebelião militar fracassada contra as chefias militares de Moscovo, na qual chegou a tomar uma das cidades mais importantes do sul da Rússia, Rostov-no-Don.

Após a mediação do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, Prigozhin concordou em retirar os seus mercenários e transferir a sua base para o território daquela antiga república soviética.

Depois de acusá-lo de traição, o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu-o no Kremlin, após o que Prigozhin anunciou o reinício das operações do Grupo Wagner em África.

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