O número de mortos causados pelas fortes chuvas da semana passada no Paquistão subiu para 64 pessoas, metade das quais são crianças, avançaram hoje as autoridades locais, adiantando que a pior situação registou-se na província de Khyber-Pakhtunkhwa.
As mortes forram causadas pelas fortes chuvas que se fizeram sentir durante as monções da semana passada, que provocaram cheias repentinas e o colapso de várias casas.
Segundo a Autoridade de Gestão de Desastres do Paquistão, além dos 64 mortos, o país registou ainda 117 feridos.
A província de Khyber-Pakhtunkhwa, no noroeste, na fronteira com o Afeganistão, registou o maior número de vítimas, com 23 mortos, incluindo 10 crianças, seguida de Punjab, no leste, na fronteira com a Índia, com 21 mortos, incluindo 11 crianças.
Na terça-feira, as autoridades paquistanesas davam conta de 57 mortos e 99 feridos durante as cheias que começaram a 26 de junho.
No domingo, as autoridades paquistanesas emitiram um alerta para chuvas, inundações repentinas e deslizamentos de terras que podem continuar a afetar as regiões montanhosas do Paquistão até ao próximo sábado, 05 de julho.
As previsões locais apontam para chuva sobretudo nas zonas de montanha da província de Punjab.
O Paquistão é considerado um dos 10 países do mundo mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas.
Os padrões meteorológicos extremos causam períodos de seca, ondas de calor e chuvas torrenciais.
Em junho de 2022, chuvas invulgarmente fortes associadas ao degelo dos glaciares nas regiões do norte do país - onde convergem as cadeias montanhosas Hindu Kush, Karakoram e Himalaias - provocaram 1.700 mortes e afetaram mais de 30 milhões de habitantes.
Na semana passada, 160 pessoas ficaram retidas num hotel inundado após o degelo de uma parte de um glaciar e tiveram de ser retiradas da zona turística de Gilgit-Baltistan pelas equipas de emergência.
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