A Suécia disse estar a ser alvo de uma campanha de desinformação com "atores apoiados pela Rússia", para fazer parecer que o governo sueco apoiou a queima do Corão, no passado, frente a uma mesquita de Estocolmo.
"A Suécia é agora alvo de campanhas de influência, apoiadas por estados e atores estatais, cujo objetivo é prejudicar a Suécia e os interesses suecos", escreveu o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, no Instagram, nesta quarta-feira.
As recentes "queimas de cópias de textos religiosos" coincidem com uma difícil "situação de política de segurança", disse Kristersson, alertando: "Estes eventos são recontados de maneira imprecisa, às vezes com apelos diretos para prejudicar o país."
Por sua vez, o ministro da Defesa Civil sueco, Carl-Oskar Bohlin, disse que "atores apoiados pela Rússia estão a amplificar declarações incorretas, como a de que o estado sueco está por trás da profanação das sagradas escrituras". Algo que é, "naturalmente, completamente falso", disse Bohlin numa declaração citada pelo jornal The Guardian, para "criar divisões e enfraquecer a posição internacional da Suécia".
Esta campanha servirá para minar a candidatura da Suécia para se tornar membro da NATO, disse, por sua vez, Mikael Östlund, porta-voz da Agência de Defesa Psicológica da Suécia.
Recorde-se que, em junho deste ano, um imigrante iraquiano em Estocolmo incendiou várias páginas do Corão frente à principal mesquita de Estocolmo. Na semana passada, Salwan Momika procurou repetir a façanha, desta fez frente à embaixada iraquiana na capital sueca, acabando por limitar-se a pisar o livro sagrado, deixando o local sem o incendiar.
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