Jornais de Israel publicam protesto contra reforma judicial de Netanyahu

Cinco dos principais jornais de Israel imprimiram hoje um fundo negro na capa das publicações com a frase "um dia negro para a democracia israelita" num protesto contra a aprovação da reforma judicial.

Benjamin Netanyahu

© Reuters

Lusa
25/07/2023 09:41 ‧ 25/07/2023 por Lusa

Mundo

Israel

A iniciativa foi organizada por um movimento de manifestantes que trabalham em empresas de tecnologia de ponta que se opõem frontalmente à aprovação, na segunda-feira, da lei que reforma o sistema judicial de Israel. 

As capas de protestos foram publicadas nos jornais, Yediot Ahronot, The Marker, Haaretz, Calcalist e no jornal conservador Israel Hayom.

Todos os jornais imprimiram a mesma capa com a mesma frase seguida da data de hoje. 

O Parlamente de Israel aprovou na segunda-feira, com os votos da coligação de direita, uma lei que permite ao Supremo Tribunal rever e revogar decisões governamentais. 

A aprovação da lei é o primeiro grande passo da reforma judicial defendida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que tenta conferir mais poder ao governo em detrimento da separação de poderes.

Em resposta ao protesto publicado nas primeiras páginas dos jornais, o ministro da Segurança Nacional, o ultra conservador Itamar Ben Gvir, disse que não se trata de "um protesto popular" mas sim de "capas compradas por entidades estrangeiras que financiam as manifestações" que "estão a destruir o país". 

Desde segunda-feira até à madrugada de hoje, milhares de israelitas manifestaram-se nas ruas, em vários pontos do país, em protesto contra a reforma da Justiça. 

A manifestação mais participada decorreu em Tal Aviv, onde se concentram os protestos desde o ano passado.

Na segunda-feira, os manifestantes bloquearam uma estrada nacional e enfrentaram a polícia durante várias horas. 

Nos confrontos 32 manifestantes ficaram feridos, 19 dos quais com gravidade, e dez polícias tiveram de receber tratamento médico.

Pelo menos 18 manifestantes foram detidos. 

Paralelamente aos protestos nas ruas, a Associação de Médicos de Israel anunciou uma greve para hoje em protesto contra a reforma. 

A decisão dos médicos ocorre pouco depois da Federação dos Sindicatos de Israel, Histadrut, ter anunciado que admite convocar uma greve geral. 

O líder da oposição, Yair Lapid, disse que hoje vai recorrer ao Tribunal Supremo sobre a lei aprovada na segunda-feira no Parlamento e instou os manifestantes a manter os protestos porque a "batalha não terminou". 

Leia Também: Pelo menos 19 detidos durante protestos contra reforma judicial em Israel

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