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Partido do primeiro-ministro do Camboja reivindica vitória nas eleições

O partido do primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, reivindicou hoje a vitória nas eleições legislativas, que foram realizadas sem qualquer oposição real, com críticos a defenderem que o processo eleitoral transformou a democracia numa farsa naquele país.

Partido do primeiro-ministro do Camboja reivindica vitória nas eleições
Notícias ao Minuto

13:15 - 23/07/23 por Lusa

Mundo Hun Sen

"Estamos a ganhar com uma onda enorme", disse Sok Eysan, porta-voz do Partido do Povo Cambojano (PPC), à AFP.

Na ausência de qualquer oposição credível após a exclusão do principal movimento hostil a Hun Sen, o partido poderia ganhar todos os 125 assentos no parlamento.

As eleições de hoje registaram uma participação média superior a 84,2% ou mais de 8,1 milhões de pessoas, segundo dados oficiais, no encerramento das secções eleitorais, ainda que se espere que um grande número de boletins seja considerado inválido.

Nestas eleições, o primeiro-ministro, Hun Sen, no poder desde 1985, procurou revalidar uma vez mais o seu cargo antes da sua reforma e depois de todas as urnas terem sido encerradas, Hun Sen agradeceu aos cidadãos o apoio.

Organizações internacionais especializadas em processos eleitorais qualificaram estas eleições como uma "farsa" na ausência de uma oposição credível após a desqualificação em maio do Candlelight Party, como resultado de um processo burocrático incompleto.

Também questionam o viés da Comissão Eleitoral a favor do partido no poder e a ausência de meios de informação independentes, devido ao assédio das autoridades, entre outros problemas detetados.

A União Europeia, os Estados Unidos e outros países ocidentais recusaram-se a enviar observadores, dizendo que a eleição não tinha condições para ser considerada livre e justa.

Ao longo do dia, os opositores no exílio publicaram nas redes sociais dezenas de fotografias de votos riscados com um grande "X" que supostamente terão sido depositados nas urnas por eleitores que pretendem manifestar o seu descontentamento e boicotar as eleições.

Além do PPC, outras 17 pequenas plataformas sem estrutura nacional participaram das eleições e que, segundo ativistas críticos ao presidente, servem para dar às eleições uma falsa aparência multipartidária.

Hun Sen adiantou por diversas vezes que esta será a última vez que irá às urnas e que, dentro de um período indeterminado, cederá o poder ao filho mais velho, Hun Manet, que aos 45 anos se estreou hoje na arena política.

Hun Manet é licenciado pela Academia Militar dos EUA em West Point, bem como mestre pela NYU e Ph.D. da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, e é atualmente chefe do exército do Camboja.

Apesar da educação ocidental, no entanto, os observadores não esperam nenhuma mudança imediata na política face ao pai, que tem aproximado o Camboja da China nos últimos anos.

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