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Veterano que invadiu Capitólio com arma condenado a 7 anos de prisão

Christopher Michael Alberts levou armas de fogo e munições para o interior do edifício do Congresso, quando milhares de apoiantes de Donald Trump atacaram o local e tentaram impedir a certificação de resultados das eleições de 2020.

Veterano que invadiu Capitólio com arma condenado a 7 anos de prisão
Notícias ao Minuto

22:01 - 19/07/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ataque ao Capitólio

Os julgamentos aos apoiantes extremistas de Donald Trump que invadiram o Capitólio continuam a gerar penas pesadas e, esta quarta-feira, um veterano de guerra que entrou no edifício do Congresso armado foi condenado a sete anos de prisão.

As autoridades verificaram que Christopher Michael Alberts, entrou no local com proteções de qualidade militar, incluindo uma armadura e uma máscara de gás, carregando consigo armas de fogo. Embora não tenha sido condenado por usar ou apontar as armas, Alberts usou pedaços de madeira para usar como ariete de combate contra os polícias que protegiam uma das escadas de acesso ao Capitólio.

Segundo o processo, citado pela Associated Press, o homem, que fez parte da guarda nacional do estado do Virgínia, e que mora no Maryland, atravessou fronteiras estatais para marcar presença no fatídico comício do dia 6 de janeiro de 2021, convocado por Donald Trump para impedir a certificação dos resultados eleitorais nas presidenciais que deram a vitória a Joe Biden.

O condenado passou seis horas no recinto, armado com uma pistola de 9mm, carregada e com mais munições na sua posse, e ainda com facas e um megafone. Foi o primeiro manifestante a entrar nos degraus da entrada noroeste do Capitólio, e foi também considerado o primeiro a "colocar as mãos" num agente policial nessa zona.

"Alberts, com a sua armadura, máscara de gás, equipamento militar e raiva, galvanizou e instigou o motim", declarou a acusação. Foi ainda documentado que o homem proferiu cânticos de incentivo à violência no local, e urinou nas paredes do Capitólio, antes de ser detido pela polícia.

O juiz, Christopher Cooper, disse na decisão que o arguido "não era simplesmente um espetador", mas Alberts argumentou que "não estava a tentar magoar ninguém" e reiterou que estava a tentar proteger os presentes nas escadas.

Ainda assim, o juiz condenou-o ainda a três anos de liberdade condicionada após o fim da pena de sete anos. Os procuradores da acusação tinham pedido uma pena de dez anos. No total, o homem era acusado de nove crimes, tendo sido considerado culpado por todos.

Durante o julgamento, houve ainda um momento intenso entre um polícia do Capitólio, Stephen Sherman, e o réu, quando o agente disse que se sentiu "indefeso" perante um ataque de Alberts com uma barra de madeira. "Vieste para o Capitólio nesse dia para começar uma guerra", atirou Sherman.

Alberts, por outro lado, procurou mostrar-se arrependido. "Se soubesse que aquele dia ia tornar-se assim, teria ficado em casa", admitiu, pedindo desculpa ao polícia.

A defesa disse que o veterano, que serviu entre 2005 e 2011 e esteve mobilizado no Iraque durante um ano, entre 2007 e 2008, andava com a arma consigo no trabalho como condutor de reboques, para autodefesa.

Mais de mil pessoas já foram acusadas de crimes federais relacionados com o ataque do dia 6 de janeiro de 2021, no qual apoiantes extremistas de Donald Trump, fomentados pelas teorias da conspiração do ex-presidente, invadiram o Capitólio para tentar impedir o processo eleitoral. Várias pessoas morreram nesse dia, tanto polícias como manifestantes, e o antigo líder do país está a ser investigado pelo seu papel no incentivo à violência e ao motim.

Já mais de 570 pessoas foram condenadas, com mais de metade a ficar obrigado a cumprir penas que vão desde os três dias aos 18 anos. A sentença de Christopher Michael Alberts é uma das mais pesadas até agora decididas, e há apenas 12 pessoas com uma pena maior.

Leia Também: Trump revela que é alvo de investigação sobre invasão ao Capitólio

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