O chefe de Estado francês tinha feito este apelo ao apaziguamento em meados de abril.
Na altura, o país estava a sair de vários meses de tensões sociais causadas pela reforma das pensões pretendida por Macron, tendo o chefe de Estado então fixado a data, coincidente com o Dia Nacional de França - celebrado anualmente e que remonta à data da tomada da Bastilha (14 de julho de 1789) -, para uma "primeira avaliação" dos grandes projetos que deviam ser lançados para encerrar este capítulo.
No entanto, hoje, o gabinete da Presidência francesa anunciou que Macron não falará a 14 de julho e que se pronunciará "nos próximos dias", sem adiantar uma data.
O apaziguamento pretendido por Macron foi recentemente posto em causa por várias noites consecutivas de tumultos urbanos que atingiram o país após a morte do jovem Nahel, morto a tiro por um polícia a 27 de junho, perto de Paris, durante um controlo de trânsito.
Em França, a festa nacional é tradicionalmente marcada por um discurso ao país pelo Presidente, mas Macron só cumpriu esse ritual por duas vezes desde que chegou ao poder, em 2017.
A celebração tem este ano como convidado de honra o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Macron, que está atualmente em Vilnius na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), estará em Bruxelas na próxima segunda e terça-feira para outra cimeira entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (CELAC).
A partir de sábado, 22 de julho, o Presidente francês dará início a uma longa viagem à Oceânia.
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