"A transferência de munições 'cluster' [fragmentação] é um gesto de desespero e uma admissão de fraqueza no contexto do fracasso da chamada contraofensiva ucraniana", disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.
A diplomacia russa denunciou uma "tentativa cínica de prolongar a agonia das atuais autoridades ucranianas sem se preocupar com as vítimas civis" dessas bombas que matam indiscriminadamente ao dispersar pequenas cargas explosivas antes ou depois do impacto.
"Ao fornecer munições 'cluster', Washington será de facto cúmplice da contaminação e partilhará total responsabilidade pelas mortes causadas pelas explosões, incluindo as de crianças russas e ucranianas", continuou Moscovo.
Essas armas são proibidas em vários países, principalmente na Europa, signatários da Convenção de Oslo de 2008, da qual nem os Estados Unidos, nem a Ucrânia, nem a Rússia são partes.
A sua utilização é muito controversa porque as cargas que espalham são acusadas de causar muitas vítimas civis colaterais.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a decisão de entregar bombas de fragmentação à Ucrânia foi "muito difícil", mas "a coisa certa a fazer".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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