Uma mulher morreu, de forma inesperada, pelas 14 horas do dia 13 de junho, enquanto estava a trabalhar na sede do Grupo Konecta BTO, em Madrid, Espanha. Vários sindicatos denunciaram que os colegas da funcionária foram obrigados a continuar a trabalhar com o seu cadáver no escritório.
O sindicado que representa os trabalhadores do telemarketing naquele país – Confederación General del Trabajo del Sector Federal de Telemercadeo (CGT Telemarketing) – lamentou, em comunicado, a morte de "Imaculada, Inma para quem a conhecia e amava", salientando que "uma colega teve de a segurar para que não caísse da cadeira".
Apesar dos esforços para a reanimarem, a mulher acabou por morrer no local. Confusos, os funcionários receberam ordens para continuar a trabalhar.
"Mal podíamos esperar para lá chegar. Os segundos pareciam horas e, quando entramos no 6.º andar do San Romualdo, tudo parecia um filme de terror. Ao lado da nossa colega, alguém atendia uma chamada. O serviço continuou como se nada tivesse acontecido", relatou a entidade, na mesma nota.
“Sí, nos dicen que sigamos cogiendo llamadas” No veíamos el momento de llegar, los segundos parecían horas y al entrar en San Romualdo, todo parecía una película de terror de serie B. Al lado de nuestra compañera alguien atendía una llamada.https://t.co/vNSFVWEQ3Q
— Sector Federal de Telemarketing de la CGT (@cgttelem) June 15, 2023
E prosseguiram: "’Somos um serviço essencial’ E a vida? Existe algo mais essencial do que a vida? A resposta parece clara, mas os factos não indicam isso."
O sindicado repudiou as ações da empresa, denunciando a sua falta de "humanidade, empatia e respeito". Exigiu, por isso, que a organização preste apoio emocional e psicológico aos funcionários, tendo realizado uma reunião do Comité de Saúde e Segurança, para apurar responsabilidades.
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