Após o diário norte-americano The Washington Post ter revelado que grupos paramilitares utilizaram material fornecidos pelos aliados ocidentais de Kyiv, incluindo metralhadoras automáticas de fabrico belga, o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, confirmou à cadeia televisiva RTBF que os serviços de informações e responsáveis militares estão a analisar esta informação, ainda sem resultados conclusivos.
A RTBF indicou que a Bélgica contactou com as autoridades ucranianas e pediu explicações sobre o possível uso de armas para ataques em território russo, devido às implicações sobre o uso destes recursos militares ocidentais provenientes de países da NATO para atacar a Rússia, e quando o envio de armamentos estava condicionado à sua exclusiva utilização para a defesa do território e da população ucraniana.
Esta situação também está a suscitar dúvidas entre os aliados da Ucrânia sobre o controlo de parte deste armamento por grupos paramilitares que escapam ao controlo do exército ucraniano, único destinatário legal das armas.
A região russa de Belgorod (na fronteira com a Ucrânia) foi alvo de diversos ataques por parte das forças ucranianas desde o início da invasão russa de fevereiro de 2022, incluindo as recentes incursões terrestres que Moscovo atribuiu a forças ucranianas e que foram reivindicados por grupos paramilitares opositores ao Kremlin (Presidência russa).
A guerra da Rússia contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.
A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento, aliados esses que também impuseram sanções contra os interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra no território ucraniano.
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