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"Estamos a lutar contra a NATO", alerta apresentador russo após ataque

O apresentador apontou ainda que "esta guerra vai afetar toda a gente" ressalvando que, "quando os ucranianos se esgotarem, os polacos chegarão".

"Estamos a lutar contra a NATO", alerta apresentador russo após ataque
Notícias ao Minuto

12:24 - 30/05/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Numa reação ao ataque com drones que assolou Moscovo esta manhã de terça-feira, o apresentador da televisão estatal russa Vladimir Solovyov alertou o país para o facto de a Rússia estar “a lutar contra a NATO”, complementando que “Kyiv tem de ser desmantelada”.

“Quanto mais depressa as pessoas de Moscovo, Yekaterinburg, Chelyabinsk e São Petersburgo reconhecerem que há uma guerra, mais depressa ganharemos. Enquanto as pessoas acharem que é algo que está a acontecer longe e não é muito importante, haverá problemas. Têm de compreender isto! Malta, é sério! E não vai acabar amanhã”, começou por dizer o apresentador, num vídeo partilhado pelo jornalista da BBC Francis Scarr.

Solovyov apontou ainda que “esta guerra vai afetar toda a gente”, ressalvando que, “quando os ucranianos se esgotarem, os polacos chegarão”.

“Estamos a lutar contra a NATO. Isto tem de ser compreendido! A NATO forneceu tudo para a destruição da Rússia”, disse.

E prosseguiu: “Por isso, precisamos de estar vigilantes; não entrem em pânico, fiquem calmos, e perguntem-se – o que é que fiz para a vitória? O que é que estou a fazer para a vitória? E Kyiv? Kyiv tem de ser desmantelada! Odessa tem de ser desmantelada! Kharkiv, Dnipro, Lviv, Ivano-Frankivsk também. Deveriam haver ataques nessas cidades hoje, muito mais brutais do que os atuais. É uma guerra. Já não pode ser de outra forma”, rematou.

De notar que o Ministério da Defesa da Rússia acusou, esta terça-feira, a Ucrânia de estar por detrás do ataque em Moscovo desta manhã, que provocou "danos menores" em vários edifícios.

"Esta manhã, o regime de Kyiv lançou um ataque terrorista com drones contra a cidade de Moscovo", escreveu o Ministério, na rede social Telegram.

Segundo o mesmo meio, oito drones estiveram envolvidos no ataque, e todos foram destruídos.

O presidente da câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, indicou que não há feridos graves e que uma investigação ao sucedido está em curso.

Por seu turno, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, negou qualquer envolvimento de Kyiv no incidente desta manhã, ainda que se tenha mostrado satisfeito.

"Claro que estamos satisfeitos e previmos um aumento do número de ataques. Mas claro que não temos envolvimento direto", disse, em declarações ao canal do Youtube 'Breakfast Show', citado pela agência Reuters.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Podolyak nega envolvimento em ataque a Moscovo, mas diz-se "satisfeito"

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