Diplomacia da UE discute ações de Israel contra palestinianos

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) discutem hoje o acordo de associação com Israel, na sequência da invasão à Faixa de Gaza e às evidências de violação dos direitos humanos contra a população palestiniana.

Paulo Rangel

© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images

Lusa
15/07/2025 06:52 ‧ ontem por Lusa

Mundo

UE

Na reunião que antecede uma pausa em agosto, os ministros com a pasta da diplomacia da UE discutem o acordo de associação entre o bloco comunitário e Telavive por causa da ocupação do enclave palestiniano, desde o final de outubro de 2023, e depois de um relatório que aponta que Israel violou o artigo deste acordo que obriga ao cumprimento dos direitos humanos.

 

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, participa na reunião.

Em 20 de junho, o Serviço de Ação Externa da UE, tutelado pela alta-representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, divulgou um documento com "indicações de que Israel" violou os direitos humanos na Faixa de Gaza, durante o conflito com o movimento Hamas, que administra aquela porção do território palestiniano.

No entanto, não está prevista qualquer decisão sobre uma suspensão do acordo ou uma alteração das relações diplomáticas com Israel.

Ainda que na semana passada, em 10 de julho, a UE e Israel tenham chegado a acordo para aumentar o número de canais de acesso a apoio humanitário, os ministros dos Negócios Estrangeiros deverão abordar a situação no Médio Oriente, particularmente a ação considerada por países da UE como Espanha e a Irlanda, pelas Nações Unidas e por organizações não-governamentais como desproporcionada.

Israel envolveu-se também em conflitos com os huthis do Iémen, com o Hezbollah do Líbano e com o regime de Teerão (que levou ao envolvimento dos Estados Unidos da América, com bombardeamentos a locais de alegado enriquecimento de urânio).

A África do Sul foi mais longe nas acusações a Israel e apresento, em 29 de dezembro de 2023 um processo no Tribunal Internacional de Justiça, acusando o Governo de Benjamin Netanyahu de genocídio contra a população palestiniana.

Na reunião de hoje, os ministros deverão também abordar os últimos desenvolvimentos da invasão russa da Ucrânia, e está prevista a participação do homólogo ucraniano, Andrii Sybiha, por videoconferência.

A degradação político-social na Geórgia, país que retrocedeu na adesão à UE, e uma discussão sobre o Mediterrâneo também são assuntos que integrarão a discussão ministerial de hoje.

Leia Também: "Cidade humanitária" proposta por Netanyahu é "ideia louca", diz oposição

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