Segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, Luo foi considerado culpado de aceitar mais de 220 milhões de yuan (26,3 milhões de euros) em subornos entre 1997 e 2023.
O Tribunal Popular Intermédio de Qingdao concluiu que o ex-funcionário utilizou os cargos que ocupou ao longo de mais de duas décadas para beneficiar departamentos e indivíduos em transações comerciais, adjudicação de projetos e promoções profissionais.
Luo foi também condenado por realizar operações com informação privilegiada, instruindo terceiros a efetuarem transações comerciais antes da divulgação de informações sensíveis que afetavam os preços de mercado, o que teve um "impacto significativo" sobre as operações envolvidas, segundo o tribunal.
A pena de morte foi suspensa por dois anos, podendo ser comutada para prisão perpétua caso o réu não volte a infringir a lei e demonstre bom comportamento durante esse período -- uma prática comum em casos de corrupção na China.
Luo foi formalmente acusado em junho de 2024 pela Procuradoria Popular Suprema, após uma investigação conduzida pela Comissão Nacional de Supervisão, principal órgão anticorrupção do Estado chinês.
O caso insere-se na vasta campanha anticorrupção lançada pelo Presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping, após assumir o poder em 2012. Desde então, dezenas de altos quadros do regime foram condenados por envolvimento em casos de suborno e abuso de poder.
A campanha tem-se estendido a setores diversos como o financeiro, farmacêutico, desportivo e tabagista, embora alguns analistas vejam nestas ações uma possível tentativa de eliminar rivais políticos e vozes dissidentes dentro do regime.
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