Guerra contra gangues tornou prisões de El Salvador em infernos
Organizações consideram que se está a desrespeitar os Direitos Humanos.
© Getty
Mundo El Salvador
A principal organização de defesa dos Direitos Humanos em El Salvador revela que se vive um regime de terror nas prisões do país. A conclusão chega após uma serie de entrevistas feitas a ex-reclusos e em que foram reveladas as atrocidades a que muitos são sujeitos.
Dezenas de réus foram mortos vítimas de tortura, agressões, asfixia, lesões ou, simplesmente, deixados a morrer por falta de cuidados. Este é o principal resultado de uma investigação exaustiva efetuada pela Cristosal e que foi revelada num relatório publicado esta segunda-feira. O El País assemelha o clima vivido nos centros de detenção a um verdadeiro inferno.
Esta organização registou um total de 153 mortos nas prisões entre 27 de março de 2022 e 27 de março deste ano, período no qual foi instaurado o regime de emergência do governo do Presidente Nayib Bukele.
O governo do país decretou uma "guerra contra os gangues" e desde então várias têm sido as críticas de organizações nacionais e internacionais que consideram que este regime permite a violação sistemática dos direitos humanos.
A medida foi adoptada depois de a Mara Salvatrucha-13 e o Barrio 18, os dois gangues mais numerosos do país, terem organizado um massacre que fez 87 mortos nas ruas num único fim-de-semana.
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