Jornalista tunisino condenado a cinco anos de prisão. "Ataque"
Justiça tunisina acusou o jornalista de ter revelado informação sobre os serviços de segurança do país. É a maior pena aplicada a um jornalista no país.
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Mundo Tunísia
Um tribunal de recursos da Tunísia condenou um jornalista de rádio a cinco anos de prisão por divulgar informações sobre os serviços de segurança do país.
Khalifa Guesmi, que trabalha na estação de rádio Mosaique FM, tinha avançado com um recurso contra a pena de um ano proferida em novembro do ano passado, antes que a sentença fosse aumentada sob uma lei antiterrorismo do país.
“Esta é a sentença mais pesada pronunciada pelos tribunais da Tunísia contra um jornalista. Apresenta um perigoso desvio autoritário e é um flagrante ataque à liberdade de imprensa”, considerou Amira Mohamed, vice-presidente do sindicato dos jornalistas tunisino, citado pelo jornal britânico The Guardian.
Guesmi esteve detido durante uma semana em março do ano passado, quando o serviço online da Rádio Mosaique publicou uma reportagem sobre o desmantelamento de uma “célula terrorista” e a detenção dos seus membros.
Também um agente da polícia, considerado culpado de fornecer as informações sensíveis em questão ao jornalista, foi condenado a 10 anos de prisão.
Vários grupos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos e laborais emitiram um comunicado conjunto, onde alertaram para “a gravidade da direção repressiva das atuais autoridades”.
A mesma coligação apelou aos ativistas e à sociedade civil “a mobilizar-se para defender as liberdades e os direitos humanos”.
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