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Amy Pope, a aposta de Washington para reformar a liderança da OIM

A norte-americana Amy Pope é a nova aposta de Washington para liderar a Organização Internacional das Migrações (OIM), com o Governo de Joe Biden a destacar o dinamismo da candidata para reformar esse órgão das Nações Unidas.

Amy Pope, a aposta de Washington para reformar a liderança da OIM
Notícias ao Minuto

14:21 - 13/05/23 por Lusa

Mundo Perfil

Pope, de 49 anos, é advogada e o seu percurso académico passou pela Haverford College, na Pensilvânia, e pela Faculdade de Direito da Universidade Duke, na Carolina do Norte.

O seu percurso profissional levou-a ao cargo de vice-conselheira de segurança interna do ex-presidente norte-americano Barack Obama, além de ter sido -- por um curto período de tempo - assessora de migração do atual executivo.

Na Casa Branca, lidou com surtos migratórios, tráfico de pessoas, surtos de zika e ébola e preparação de comunidades para reagir às crises climáticas.

Em 2021, foi nomeada vice-diretora-geral da OIM, com foco na gestão e reforma.

No mês passado, a norte-americana percorreu o Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Honduras, Panamá, Costa Rica e países das Caraíbas em busca de apoio para a sua candidatura à OIM, que rivaliza com a do português António Vitorino - atual diretor-geral da Organização e chefe de Amy Pope.

A candidata afirma que apoiará os países membros da OIM e as comunidades mais vulneráveis para onde - devido a conflitos políticos, mudanças climáticas ou pobreza - as pessoas tiveram que migrar.

Washington descreve-a como uma "líder dinâmica com experiência em conceitualizar e supervisionar mudanças transformadoras em organizações, incluindo na própria OIM", organização que tem sido liderada maioritariamente por norte-americanos e que nunca teve uma mulher no comando.

Entre as suas conquistas profissionais, Pope supervisionou os esforços de reforma orçamentária da OIM, que resultaram num compromisso adicional de 75 milhões de dólares (68 milhões de euros) de Governos para otimizar as entregas de campo e a gestão de riscos da Organização, assim como para melhorar os resultados operacionais e fortalecer a coordenação com o sistema da ONU.

"Com décadas de experiência em lidar com complexos desafios de migração, Amy Pope tem um forte histórico de traduzir políticas em realidade. Ela trabalhou com uma variedade de partes interessadas, como organizações multilaterais, Governos e comunidades para desenvolver estratégias de resposta a crises de saúde, surtos de migração, tráfico de pessoas e mudanças climáticas", apontou o Departamento de Estado norte-americano ao defender a candidatura de Pope.

Caso derrote António Vitorino, os principais objetivos do mandato de norte-americana são: Construir relacionamentos mais profundos com os membros da OIM; usar 'big data' das comunidades para prever os efeitos das mudanças climáticas e identificar as comunidades mais resilientes; além de procurar aliados no setor privado para trabalhar de forma integral.

"A única forma de melhorar a estratégia e abordagem migratória é construir uma abordagem regional cooperativa e coordenada, uma vez que nenhum país pode gerir as migrações sozinho", avaliou Pope aquando da sua passagem pela América Latina no mês passado.

Outra das grandes prioridades de Amy Pope é "levar a organização para o século XXI", defendendo a necessidade de mais energia e de uma visão estratégica.

Para ser eleita, Pape terá que conquistar o bloco da União Europeia que apoiou Vitorino nas últimas eleições e que continua a apoiar o português, além de angariar votos de outros continentes cujas votações poderão oscilar para qualquer um dos lados.

A eleição, por voto secreto entre os membros da OIM, está marcada para 15 de maio.

Leia Também: António Vitorino desafiado por vice em disputa inédita para líder da OIM

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