"Em Ayorou [cidade a cerca de 200 quilómetros da capital, Niamey] é a desolação (...) Mais de 13.000 mulheres e crianças fugiram, para esta cidade, dos abusos" cometidos por "bandidos armados" (expressão utilizada no Níger para designar presumíveis combatentes islâmicos) nos territórios da região de Tillabéri, segundo aquela rádio pública nigerina.
As comunas de Dessa e Kandadji, onde está a ser construída a primeira barragem hidroelétrica do país, é onde há mais relatos de abusos e também de outros atos de violência, com quatro civis mortos e um ferido em Dessa, detalhou.
De acordo com fontes locais, "confrontos violentos" opuseram no final de abril e início de maio os pastores sedentários Djerma e nómadas Fulani em aldeias ao longo do rio Níger, causando "vários mortos, feridos" e "muitos deslocados".
Autoridades de Ayorou e Dessa confirmaram os confrontos, sem estabelecer um número preciso de mortos ou a identidade dos atacantes.
O Governo nigerino não confirmou a violência comunitária nestas zonas, onde a coabitação é geralmente pacífica.
Na região de Tillabéri, localizada na chamada área das "três fronteiras" entre o Níger, Burkina Faso e Mali, vivem vários grupos étnicos - Djerma, Fulani, Tuaregue e Hausa.
O Níger lançou várias operações de grande escala contra os fundamentalistas islâmicos, com o recente apoio de soldados franceses.
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