China acusa Filipinas de provocarem incidente em águas disputadas

O Governo chinês acusou hoje as Filipinas de quererem "deliberadamente" causar um incidente em águas disputadas no Mar do Sul da China, após um navio da guarda costeira chinesa e um navio filipino ficarem muito perto de colidir.

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Lusa
28/04/2023 12:13 ‧ 28/04/2023 por Lusa

Mundo

China

As autoridades filipinas responderam às alegações chinesas prometendo continuar a patrulhar as suas "próprias águas".

"As patrulhas de rotina nas nossas próprias águas não podem ser premeditadas ou provocadoras", enfatizou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Teresita Daza.

As patrulhas são um "direito legal que exercemos e que continuaremos a exercer", adiantou.

O incidente ocorreu na segunda-feira, um dia depois da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, a Manila.

Um navio da guarda costeira chinesa cortou a rota de um navio filipino com metade do seu tamanho e ambos acabaram separados por apenas 45 metros, evitando por pouco uma colisão, informou a marinha das Filipinas.

O incidente foi testemunhado por jornalistas da agência AFP.

"Ao lançar-se nas águas do recife Ren'ai, com jornalistas a bordo, o barco filipino cometeu uma provocação premeditada e deliberadamente procurou um confronto para criar alarme nos media", afirmou uma porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, deslocou-se a Manila no passado fim-de-semana para tentar reforçar as relações da China com as Filipinas, que realizam desde a semana passada com forças dos Estados Unidos as maiores manobras militares da sua história, envolvendo 18.000 efetivos.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino, a visita de Qin Gang surgiu na sequência da visita a Pequim do Presidente Ferdinand Marcos Jr. em janeiro, durante a qual foi acordada com o Presidente chinês, Xi Jinping, uma gestão "amigável" dos diferendos.

Os dois países disputam a soberania sobre ilhas situadas no Mar do Sul da China: Pequim reivindica a quase totalidade da rota navegável e para lá destacam centenas de navios para patrulhar essas águas e ocupar ilhotas e recifes.

Leia Também: Rússia acusa: Ocidente tenta restaurar presença militar na Ásia Central

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