Moçambique apreendeu droga avaliada em 22,5 milhões de euros em 2024

Quase quatro toneladas de droga, avaliadas em 22,5 milhões de euros, foram apreendidas em Moçambique em 2024, um crescimento face a 2023, segundo o relatório do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga divulgado hoje.

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Lusa
22/05/2025 13:09 ‧ há 4 horas por Lusa

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Moçambique

Os dados apresentados hoje pelo Ministério Público (MP) em conferência de imprensa, em Maputo, indicam que a cocaína lidera a lista das drogas mais traficadas, com a apreensão de 1.992 quilogramas em 2024, quando em 2023 tinham sido apreendidos 78,57 quilogramas da substância.

 

Os números do MP apontam a canábis como a segunda droga mais traficada, com 1.856 quilogramas em 2024, um aumento de 1% em relação ao ano anterior, em que foram apreendidos 1.853 quilogramas.

As autoridades moçambicanas apreenderam também em 2024 um total de 42 quilogramas de heroína, contra 600 quilogramas em 2023, representando um aumento de 7%, num ano em que também se registou uma subida de apreensões de metanfetamina, com 467 quilogramas em 2024, aumentando 125 quilogramas face à 2023.

Moçambique apreendeu 44 quilogramas de haxixe em 2024, mais de 100% face à 2023, em que tinham sido aprendidos pelo menos 3,3 quilogramas.

Os dados do MP, que só avalia a apreensão de cocaína, canábis e heroína, aponta que as quantidades apreendidas em 2024 são avaliadas em 1.624.593.846 meticais (22,5 milhões de euros).

Em conexão com o consumo e tráfico de drogas, pelo menos 732 pessoas foram detidas em 2024 em Moçambique, uma redução em 229 face a 2023, anunciou hoje o Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga.

Os dados divulgados pelo chefe da repartição central de crimes contra a ordem pública e tranquilidade públicas, Eusébio Nhamussua, indicam que a província de Sofala registou o maior número de detidos (199), seguida da cidade de Maputo com 133 e província de Maputo com 109. Cabo Delgado foi a que menos detidos registou, com 19 casos. 

O movimento processual pelo consumo e tráfico de drogas reduziu no país, com registo de 613 em 2024, contra 794 em 2023.

O Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga avançou na mesma conferência de imprensa que 23.409 pacientes foram atendidos nas unidades sanitárias em 2024 por consumir diversos tipos de droga, um aumento em 41,78% em relação a 2023, em que pelo menos 16.511 pacientes foram assistidos.

Do total dos atendimentos, 18.046 são pessoas do sexo masculino e os restantes 5.363 do sexo feminino.

Os números divulgados apontam que o álcool continua a dominar os números das entradas nos hospitais, com 8.069 casos em 2024, contra 4.834 de 2023, uma evolução em 66,5%.

"As províncias com maior incidência de consumo de álcool foram a cidade de Maputo [4.142 casos], Manica [1.417 casos] e Sofala [786 casos]", avançou o chefe do departamento de educação pública e divulgação, José Bambo, em que os mesmos dados colocam Maputo no topo do consumo de outras substâncias ilícitas.

Relativamente às rotas do tráfico, o MP afirma que é usada a rota Afeganistão--Paquistão--Pemba-Zambézia-Maputo-África do Sul para o tráfico de metanfetamina, heroína e anfetamina. O trajeto São Paulo-Adis Abeba-Maputo-África do Sul é usado para a circulação de cocaína, a rota São Paulo-Lisboa-Maputo-África do Sul para cocaína e Índia--Moçambique também para o tráfico de cocaína.

Segundo o Ministério Público, as drogas são usualmente transportadas em malas de viagem, bidões, livros, tambores, escondidas em colunas/altifalantes, camufladas em rebuçados e dissimuladas em antitranspirante.

"As múltiplas substâncias, o álcool, a canábis, continuam a ser as principais causas de procura de atendimento médico pelo seu uso abusivo (...). Os traficantes têm continuado a procurar usar o país para trânsito de drogas para diferentes partes do mundo", adianta-se no relatório apresentado em conferência de imprensa, no qual se pede mais meios para travar o tráfico de drogas.

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