"O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, exonerou nesta quarta-feira (26) três dos quatro secretários nacionais que atuavam na pasta", indicou, em comunicado, o GSI.
"Além deles, outros 26 servidores que ocupavam postos de direção foram dispensados. A medida faz parte do processo de renovação da pasta determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva", acrescenta-se na mesma nota.
A semana passada, o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do Brasil, Marco Edson Gonçalves Dias, um homem de confiança do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva renunciou ao seu cargo, depois de a televisão CNN Brasil ter divulgado imagens das câmaras de segurança no palácio presidencial do Planalto mostrando-o na sede presidencial no dia da tentativa frustrada de golpe de Estado feita por radicais apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O agora ex-ministro é visto inicialmente a caminhar pelos corredores do terceiro andar do palácio presidencial e a entrar no gabinete do chefe de Estado, mas também é visto ao lado de alguns dos manifestantes que invadiram o edifício, para os quais aparentemente aponta uma saída de emergência.
Numa outra imagem, um dos seus conselheiros é visto a falar com os invasores do palácio, saudando-os e até oferecendo-lhes uma garrafa de água.
A 08 de janeiro, milhares de manifestantes radicais que não reconheceram a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro invadiram a sede presidencial, do Congresso e do Supremo Tribunal, numa tentativa de forçar um golpe de Estado contra Lula da Silva.
A presidência já divulgou uma declaração na qual sublinhava que o envolvimento militar no golpe está a ser investigado pelo Supremo Tribunal desde 27 de Fevereiro e dizia que todos os responsáveis serão punidos.
"Todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares" lê-se na declaração.
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