Hezbollah defende que território libanês deve ser "libertado" de Israel

O líder do grupo xiita libanês Hezbollah defendeu hoje a necessidade de libertar o território do seu país e de não submeter-se a Israel, que ainda ocupa cinco colinas no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo em vigor.

membros do Hezbollah

© Getty Images/Houssam Shbaro/Anadolu

Lusa
26/06/2025 23:22 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"A escolha é libertar a terra e construir o país, e não submeter-nos a imposições ou ao inimigo. Resistiremos pelo nosso país, independentemente dos sacrifícios", frisou Naim Qassem, durante um discurso televisivo por ocasião do próximo feriado xiita de Ashura.

 

Apesar do fim das hostilidades, o Estado judaico ainda mantém as suas tropas em cinco zonas libanesas e bombardeia o país vizinho quase diariamente.

Um alegado líder das forças de elite do Hezbollah e um membro do seu batalhão de observação foram hoje mortos em ataques distintos.

Qassem aplaudiu também as ações do seu aliado, o Irão, durante a recente guerra travada contra Israel durante quase duas semanas, na qual perdeu um grande número de comandantes e cientistas de alto nível e teve as suas centrais nucleares e instalações militares atacadas.

"O Irão não recebe apoio de nenhum outro país ou nação que lute ao seu lado e não tenha rotas de abastecimento. Pelo contrário, é autónomo, com capacidades próprias criadas por si", concluiu o secretário-geral do movimento libanês no seu discurso.

Naim Qassem defende que Teerão, considerado um protetor do Hezbollah e que se acredita estar a abrigar o próprio líder do movimento libanês num local desconhecido, se fortaleceu com o conflito, criticando o facto de ter sido atacado por apoiar a resistência e trabalhar pela libertação da Palestina.

O Irão lidera a aliança informal conhecida como "Eixo da Resistência", que inclui o grupo xiita, o movimento islamista palestiniano Hamas, os rebeldes houthis do Iémen e as milícias iraquianas pró-iranianas, entre outros.

Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o movimento islamita palestiniano Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

A guerra naquele território palestiniano fez, até agora mais de 56.000 mortos, na maioria civis, e de 131.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Desde o começo do conflito com o Hamas, as forças israelitas estiveram também envolvidas em hostilidades com o movimento xiita libanês Hezbollah e com o grupo rebelde iemenita Hutis.

Leia Também: Hezbollah celebra em Beirute "vitória" do Irão sobre Israel

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