Um antigo soldado australiano do 'Special Air Service Regiment' - uma unidade das forças especiais do exército australiano - foi acusado da prática do crime de homicídio, na sequência de uma investigação sobre alegados crimes de guerra praticados no Afeganistão, reporta a BBC.
Oliver Schulz, de 41 anos, torna-se, deste modo, no primeiro militar ou veterano australiano a ser acusado de crimes de guerra ao abrigo da lei australiana.
O crime pode originar uma pena que pode ir até à prisão perpétua.
O homem foi detido esta segunda-feira, em Nova Gales do Sul, e permaneceu sob custódia policial. Está previsto que seja presente perante um tribunal de Sidney numa data ainda por anunciar.
A acusação surge na sequência de imagens que mostram um soldado - que será, alegadamente, Oliver Schulz - a disparar sobre um homem afegão num campo de trigo na província de Uruzgan, no sul do Afeganistão, em 2012.
A investigação foi levada a cabo por um organismo especificamente criado para investigar alegados crimes de guerra, na sequência de um inquérito de quatro anos conduzido por um general da Reserva do Exército e pelo juiz do Supremo Tribunal de Nova Gales do Sul, Paul Brereton.
Este caso surge depois de um relatório divulgado em 2020 - o 'Relatório Brereton' - ter concluído que existem "evidências credíveis" de que soldados de elite australianos terão tirado ilegalmente a vida a 39 pessoas durante a guerra no Afeganistão.
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